A presidente do Conselho de Secretarias Municipais do Estado de Goiás (Cosems-GO) e secretaria de saúde de Chapadão do Céu, Veronica Savatin disse que os municípios goianos estão preocupados com a possibilidade de desabastecimento de oxigênio e kit intubação.

“Nós estamos com uma preocupação que esse insumo venha a faltar, ainda não faltou. Nenhum paciente veio a óbito ou por falta de oxigênio ou por falta de medicamentos para sedação. Mas, nós estamos trabalhando com estoque mínimo desses insumos. Em relação aos oxigênios só não faltou porque os municípios estão se organizando para buscar na indústria”, afirma em entrevista ao Jornal Opção.

A presidente do Cosems destaca que a situação não permite que seja feita ampliação em relação as unidades hospitalares. “Ampliar a quantidade de cilindro para uma unidade hospitalar está difícil e praticamente nenhum município está conseguindo, o que é preocupante. Com a demora em liberação de leitos de UTI nós estamos tendo que ficar mais tempo com esses pacientes nas nossas unidade de saúde e ampliando alguns leitos também, então eu não consigo ampliar leitos com suporte completo porque eu não tenho cilindro de oxigênio”, relata.

Segundo Veronica, na semana passada, a indústria informou ao Ministério da Saúde que estariam fazendo a reposição semanalmente, para que todos pudessem ter o estoque mínimo. “Aqui em Goiás, a nossa realidade é que temos municípios do interior que são pequenos e que organizaram leitos de estabilização e estão tendo dificuldades. O nosso medo hoje é de literalmente nós não termos onde comprar. Hoje não estamos alegando a falta de recurso financeiro, mas a falta no mercado para comprar”, alerta.

Levantamento de estoque

Segundo a presidente do Cosems está sendo feito um levantamento que deve ser concluído nesta tarde, com objetivo de mostrar qual a realidade de todos os municípios sobre esses insumos. “O que a Secretaria do estado nos adiantou, em conversa inicial com a indústria e até com os fornecedores de oxigênio que colocaram que eles tem para reabastecimento, o que não tem são as balas, que são os cilindros novos”, pontua.

“A partir desse levantamento a Secretaria de estado vai tentar articular junto a indústria farmacêutica. Com esse levantamento conseguimos saber quanto temos em estoque e tentar negociar com a indústria para ver se eles conseguem fornecer na medida para não termos a insuficiência desses insumos  nos nossos estoques. Em resumo é o risco do desabastecimento, hoje estamos trabalhando com estoque no limite”, conclui. 

Jornal Opção