O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta quarta-feira (17/11), em Goiânia, autorização para realizar concursos que visam contratação de 339 servidores públicos estaduais com salários entre R$ 4.838,66 e R$ 11.700,00. O Governo de Goiás promoverá seleção para compor os quadros de profissionais da Secretaria de Administração (Sead) e da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), os certames ocorrerão em 2022 para suprimento de profissionais especializados no Estado.

O concurso da Sead prevê 329 vagas de analista de gestão governamental, cujo vencimento mensal é R$ 4.838,66, mais auxílio alimentação de R$ 500. O impacto anual na folha de pagamento do órgão será de R$ 7,2 milhão. Já para a Goinfra, o certame terá 10 vagas para gestor de engenharia, com salário de R$ 11.700,00. Nesse caso, a repercussão é de R$ 1,7 milhão, por ano, nos gastos com o funcionalismo público. A previsão inicial é de que as nomeações sejam feitas entre junho de 2022 e fevereiro de 2024, de acordo com a demanda dos órgãos públicos estaduais.

Segundo o governador Ronaldo Caiado, a qualificação do quadro funcional soma para garantir a correta aplicação dos recursos que são pagos pelo cidadão em forma de imposto. “Entramos em outro ciclo de governo, construído com muita transparência e responsabilidade, tendo um corpo técnico que se desdobra para superar o que ficou defasado, jogado, largado de lado”, defendeu.

Como resultados de uma gestão técnica e eficiente já perceptíveis, Caiado lembrou o trabalho realizado pelo Governo de Goiás para inventariar o patrimônio estadual. “Vocês identificaram mais de 4,5 mil imóveis. Recebemos elogios do Tribunal de Contas do Estado, pois jamais em Goiás havia sido feito um trabalho assim”, reconheceu. “Isso aqui é uma escola do que se faz hoje para mostrar o respeito que nós temos com o dinheiro público, com o patrimônio público”, enalteceu.

Os processos para ocupação das funções públicas contemplam as áreas centrais de gestão como patrimônio público, compras governamentais, folha de pagamento e tesouro estadual. Os aprovados poderão atuar em diferentes órgãos do Poder Executivo, conforme a necessidade averiguada pela Sead. As áreas abrangidas são agrimensura; arquitetura; engenharia; licitações e contratos; gestão e desenvolvimento de pessoas; tecnologia da informação, além de apoio jurídico, contabilidade e orçamento do tesouro estadual.

Titular da Sead, Bruno D’Abadia destacou que os concursos são um “legado estruturante” que ficarão como marca do governo de Caiado por prover cargos em setores em que nunca antes foram contemplados com certames. “É algo tão inédito e não é só inédito em Goiás, é inédito na administração pública brasileira”, ressaltou. Segmentos responsáveis por coordenar grandes parcelas do orçamento estadual como gestão de pessoas, de contratos e de patrimônio foram citados pelo secretário como áreas cujos certames são os primeiros a ocorrer no Estado. “O cidadão precisa entender que isso aqui é o maior exemplo de respeito à coisa pública que poderia existir”, frisou.

Economia


A solenidade de autorização dos concursos foi acompanhada de vistoria do governador Ronaldo Caiado ao prédio que compõe a estrutura anexa da Sead na capital. O imóvel, de propriedade do Estado com localização na Avenida Universitária, está em funcionamento desde o primeiro semestre de 2021 e substituiu o imóvel alugado na Avenida República do Líbano. Com a mudança, o Governo Estadual passa a economizar R$ 1,4 milhão por ano.

Caiado percorreu as instalações que foram requalificadas com aplicação de um valor de R$ 1,5 milhão e ponderou sobre a eficiência nos gastos públicos. “A quem interessava dilapidar os prédios públicos e alugar outros prédios? Isso não é política de Estado, isso é política contra o Estado. Esse dinheiro, sem dúvida alguma, ele será recuperado em apenas um ano de aluguel”, reforçou. “Governar é exatamente ter essa independência moral para não ter amarras que amanhã levem o Estado a uma situação de dilapidação do seu patrimônio”, assinalou ao enfatizar que o processo inverso conduz o Estado a “asfixia, perda de autoestima e desinteresse das pessoas”, disse.

O secretário Bruno D’Abadia enalteceu a qualificação estrutural e os recursos que serão poupados a partir da nova instalação. “Nós economizamos o suficiente para uma reforma como essa. A partir desse um ano, todo restante se trata de economia de recursos públicos que o Estado está fazendo”, afirmou ao citar o retorno com a dispensa do antigo aluguel. “Percebemos a qualidade dessas instalações e o respeito a cada um de vocês, não só porque vocês merecem isso no dia a dia, mas porque é um princípio do governador para todos nós”, defendeu.