Passageiros enfrentam ônibus lotados durante pandemia de coronavírus, em Goiânia, Goiás — Foto: Marina Demori/TV Anhanguera

A Companhia Metropolitana do Transportes Coletivos de Goiânia (CMTC) anunciou nesta segunda-feira (11) que não terá reajuste no preço da passagem de ônibus neste ano para a Grande Goiânia. O presidente do órgão, Murilo Ulhoa, afirmou que a discussão está fora da pauta de conversas. O valor atual de R$ 4,30 será congelado até dezembro.

“O prefeito em exercício já decidiu que não existe conversa sobre reajuste tarifário nos próximos 12 meses. Está decidido que essa discussão está fora da pauta”, disse Ulhoa.

O órgão se reuniu com secretários da Prefeitura de Goiânia e representantes dos municípios que integram a Região Metropolitana da capital para discutir propostas de melhorias para o transporte coletivo e o plano emergencial, que deve ser apresentado nos próximos 10 dias. Nenhum detalhe do plano foi apresentado nesta segunda.

As empresas que detém a concessão do transporte público alegam desde o início da pandemia, em março de 2020, que sofrem com a queda de receita por causa da queda do número de passageiros.

As empresas tinham conseguido junto à Justiça estadual, no ano passado, a apresentação de um plano de emergência no qual os entes públicos deveriam custear as despesas de folha de pagamento e aquisição de óleo diesel durante a pandemia. Mas o governo conseguiu liminar no Supremo Tribunal Federal suspendo a decisão.

Novo modelo tarifário

O presidente da CMTC também explicou que analisa propostas de novos modelos tarifários para o transporte público.

O modelo atual, segundo o presidente, cobra R$ 4,30 do passageiro que sai de Bela Vista de Goiás, por exemplo, faz conexão em Goiânia e segue para Trindade. O mesmo valor é cobrado do usuário que pega um ônibus no Paço Municipal e vai até a Praça Cívica, ou seja, percorre uma distância bem menor.

Nas propostas analisadas, existe a sugestão de um valor de tarifa para Goiânia e Aparecida de Goiânia, e outro para os demais municípios.

“Não existe ainda definição sobre a questão tarifária. Isso são sugestões que estão surgindo, mas vamos chegar num plano ideal”, pontuou Ulhoa.

G1