Na próxima segunda-feira (10), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) vai lançar o Goiás Fashion Bureau, na Casa da Indústria. A iniciativa é uma parceria da Fieg com a Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), Banco do Brasil e Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC).

Entre os objetivos, o Fashion Bureau pretende apoiar o desenvolvimento da cadeia produtiva da moda e fortalecer a sustentabilidade. Além disso, vai desenvolver e apoiar projetos que defendam e criem incentivos para amparar os industriais, comerciantes e trabalhadores do setor, elaborar programas, câmaras setoriais e atividades relacionadas a cadeia produtiva, ampliar a competitividade das empresas nos segmentos industrial e comercial e avaliar ambientes econômicos e mercadológicos que envolvem o setor.

De acordo com o presidente da Fieg, Sandro Mabel, diversas estratégias serão propostas pelo Fashion Bureau, inclusive identificar as fragilidades da cadeia produtiva. “Só temos moda em Goiás porque o setor se auto-organizou. Agora, para avançarmos é fundamental uma ação mais estratégica, desenvolvendo marcas, e não somente facções”, ressaltou.

Foto: Divulgação Fieg

Indústria da moda goiana ainda é informal

O setor da moda movimenta, em média, US$ 35 trilhões em vendas por ano no mundo, sendo que a Ásia concentra 70% da produção têxtil e 65% da produção de vestuário. A participação do Brasil nesse mercado é de 2,4%, ocupando a 5ª posição no ranking mundial de têxteis e 4º lugar em produtos de vestuário.

“Apesar de o Brasil possuir a maior cadeia têxtil completa do Ocidente, produzindo desde algodão, fibras, fiações, tecelagem, beneficiadoras, confecção até os grandes eventos de desfiles de moda, percebemos o potencial que temos para crescer quando vemos a China liderar o setor, concentrando 50% de tudo o que é produzido”, argumenta Sandro Mabel.

Em Goiás, apesar do desenvolvimento do polo da Rua 44, que emprega diretamente cerca de 160 mil pessoas, o setor ainda é bastante informal. É visando o potencial deste mercado de vestuário, acessórios, calçados e cosméticos que as entidades empresariais uniram esforços para a estruturação do Goiás Fashion Bureau.

Fonte: Jornal Opção