Dentre os vestígios encontrados, estão fragmentos atribuídos ao titanossauro, um dos maiores dinossauros brasileiros da história.

Um grupo de pesquisadores da UFG, UEG e da University of Edinburgh descobriram fósseis de animais com mais de 80 milhões de anos, em Quirinópolis e Rio Verde, no interior do estado de Goiás. Os vestígios encontrados são do período Cretáceo, tempo que antecede a extinção dos dinossauros no planeta Terra (a queda do meteoro).

Foram identificados dinossauros, tartarugas e crocodiliformes. Dentre os vestígios encontrados estão fragmentos de dente, costela e do osso da pata atribuídos ao titanossauro, um dinossauro de médio a grande porte que habitava a Gondwana – o supercontinente do hemisfério Sul composto pela América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia. Estima-se que o titanossauro encontrado possuía cerca de 12 metros de comprimento e 6 metros de altura.

Até então, a maioria dos registros havia sido feita em Mato Grosso, oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro. Em Goiás, os fósseis pertenciam apenas a um tipo indeterminado de saurópode – dinossauro herbívoro de pescoço e cauda longos. Já as amostras mais recentes incluem tartarugas e parentes muito antigos dos crocodilos.

Reconstrução sul de Goiás
Arte faz a reconstrução do sul de Goiás na Era dos Dinossauros

Laboratório

O Laboratório de Paleontologia e Evolução é ligado ao curso de Geologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Câmpus Aparecida da UFG. Também participaram do trabalho pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG/Câmpus Quirinópolis) e da University of Edinburgh, da Escócia. A descoberta foi publicada no Journal of South America Earth Sciences, um dos mais importantes periódicos voltados às Ciências da Terra. A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Fonte: Jornal da UFG