Cinco integrantes de uma organização criminosa que praticava roubo de caminhões em Goiás foram condenados a penas entre 32 e 33 anos de reclusão. O grupo era do Estado de São Paulo, mas praticou os assaltos em Goiás, em abril do ano passado. A sentença é da juíza Placidina Pires, titular da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores.

Consta da denúncia, que os acusados atraíam caminhoneiros, por de meio de um aplicativo de frete. As vítimas, pensando se tratar de um serviço regular, se deslocavam até a sede de uma empresa em Aparecida de Goiânia, onde eram recebidas por uma integrante da quadrilha, que se passava por funcionária e, inclusive, utilizava uniforme. A mulher pedia, então, para o motorista acompanhá-la a um novo local, onde fariam o cadastro, mas, na verdade, acontecia a rendição, com emprego de arma de fogo, e o caminhoneiro era ameaçado e conduzido a um cativeiro, onde permanecia por cerca de 24 horas.

Segundo a magistrada, o grupo agia com uma divisão de tarefas extremamente articulada, que culminou em, pelo menos, sete roubos. “Constato que resultou inequivocamente demonstrada a união de esforços entre os processados para a prática de crimes de roubo de caminhões, assim como as funções que cada agente desempenhava no organograma de atividades do grupo criminoso”.

Os caminhões roubados eram levados para o Estado do Mato Grosso para, depois, cruzar a fronteira com o Paraguai. Ainda conforme a peça acusatória, nenhum veículo foi recuperado, o que resultou em prejuízos entre R$ 200 e R$ 400 para cada vítima. De acordo com a sentença, os réus terão de ressarcir os roubos.

Foram condenados Guilherme Lopes da Silva a 33 anos, seis meses e 20 dias de reclusão; Kaique Tavares do Nascimento a 33 anos, 10 meses e 20 dias; Vitor Soares dos Santos a 33 anos, 10 meses e 20 dias; Rafaella Bier Firmino a 33 anos, 10 meses e 20 dias e Bruna Carolina Mendes Zandonadi, a 32 anos, nove meses e 10 dias de reclusão.