A variante P1 do coronavírus, chamada de variante de Manaus (AM), foi detectada em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, nesta semana. A paciente não tem histórico recente de viagens pelo país e morreu em um hospital do DF, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A Superintendente de Vigilância em Saúde do estado (SES), Flúvia Amorim, informou que essa linhagem já havia sido identificada em pacientes de Goiânia e Anápolis. Com essa cepa sendo encontrada em outra região, Amorim diz que fica confirmada a transmissão comunitária em Goiás e pode ser a explicação para os altos números de internações no estado nas últimas semanas.

“Foi confirmado agora que essa linhagem de Manaus está em transmissão comunitária em Goiás. Os resultados vieram do Lacen DF. É preciso redobrar os cuidados pois estamos no pior momento da pandemia”, destacou Amorim.

Na segunda quinzena de fevereiro, essa variante foi achada em Goiás, mas apenas nas amostras dos pacientes que vieram de Manaus para serem tratados em hospitais goianos.

Segundo Amorim, a linhagem de Manaus está entre as mais preocupantes para o governo por causa da alta taxa de transmissão entre os moradores. Essa mutação do vírus, segundo a superintendente, tem capacidade maior de se replicar no organismo humano, elevando a carga viral no corpo contaminado.

Duas novas variações do vírus foram registradas em fevereiro: a B.1.1.7, que surgiu no Reino Unido e a P2, também originada em Manaus.

Goiás já registrou 430.377 casos confirmados de Covid-19, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta sexta-feira. Ao todo, 9.472 pessoas morreram com a doença. O governo estadual informou também que foram aplicadas 279.056 doses das vacinas contra o coronavírus.

A taxa de ocupação dos leitos de UTIs em Goiás chegou a 97% nesta sexta-feira, enquanto o índice na enfermaria ficou em 82%.

Um ano de pandemia

Há um ano, Goiás registrava os primeiros casos de Covid-19. Desde então, mais de 9 mil goianos morreram por causa da doença. Agora, o estado enfrenta a pior fase da pandemia, com recordes de mortes em 24 horas – 267 – e de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais da rede estadual – 1.183. Mais de 300 infectados esperam, nesta sexta-feira (12), por um leito especial.

As autoridades da área relatam que os números mostram que o momento atual é o pior já vivido no estado desde março de 2020 e também o mais difícil de fazer com que a população respeite as medidas de isolamento.

G1