Goiás
23 08/04/2019

Mais de 70 árvores serão derrubadas para construção de terminal provisório em Goiânia, denuncia vereador

Mais de 70 árvores serão derrubadas para construção de terminal provisório em Goiânia, denuncia vereador

Paulo Magalhães articula reunião com o prefeito para apresentar outras alternativas para terminal Isidória.

As atividades do Terminal Isidória deverão ser remanejadas para que as obras do Bus Rapid Transit (BRT) possam avançar. A ideia é que o terminal provisório seja construído no canteiro central da Alameda João Elias da Silva Caldas, localizada a cerca de 1 km do atual Terminal Isidória.

A medida, segundo o vereador Paulo Margalhães (PSD), tem desagradado e gerado revolta em moradores e comerciantes locais. Não pela mudança em si, mas pelo impacto ambiental que será causado no ponto em que o terminal tende a ser instalado provisoriamente. Segundo o parlamentar, caso a ideia seja concretizada, “mais de 70 árvores serão derrubadas”.

Em entrevista, Magalhães, que é representante aguerrido dos moradores do Setor Pedro Ludovico, afirmou que existem outros dois pontos onde o terminal poderia ser implantado “sem a necessidade de se derrubar uma única árvore”. “Durante décadas, essa avenida ficou abandonada e a cerca de 11 anos conseguimos, com recurso próprio, revitalizar e construir os canteiros centrais. É um absurdo destruir esse espaço e, principalmente, sem comunicar a população local”, lamentou.

Segundo o parlamentar, o Isidória poderia funcionar provisoriamente tanto na avenida 4ª Radial, ao lado do Supermercado Barão, quando na Alameda Antônio Martins Borges, ao lado do colégio Dom Abel. “Compreendo a importância do BRT para mobilidade urbana, mas não posso concordar em destruir uma praça, sendo que existem outros locais no setor para abrigar o terminal provisório”, destacou.

“Qualquer um desses dois lugares poderiam atender a demanda. A população está revoltada pois eles irão pegar um lugar que está todo arrumado, passar o maquinário e destruir tudo o que construímos ao longo dos últimos anos. Isso é uma falta de respeito com a população e com o nosso trabalho”, desabafou.

O vereador destacou ainda que está articulando uma reunião com o prefeito Iris Rezende (MDB) para a tarde desta segunda-feira, 8, onde irá apresentar outras alternativas para que a mudança seja “menos danosa”. Ele atesta que não houve diálogo sobre os impactos de trânsito e ambiental que a região irá sofrer e que buscará soluções junto ao chefe do Executivo.

Segundo o parlamentar, a reunião ainda não foi confirmada. “O prefeito está cumprindo uma agenda externa. Estou aguardando a confirmação deste encontro, mas continuo insistindo para que ele nos receba”, explicou. Magalhães disse também que as mesmas soluções serão apresentadas durante uma reunião com moradores, comerciantes e representantes da CMTC, prefeitura de Goiânia, Seinfra e empresas ligadas ao consório do BRT que ocorrerá às 19h desta segunda-feira.

Caso, ainda assim, não haja entendimento, Magalhães irá “exigir um acordo por escrito para que o consórcio do BRT, após terminar a construção do novo terminal, reconstrua e faça benfeitorias nas quatro ilhas da Avenida João Elias”.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações do Paço.

Fonte: Jornal Opção


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