Nesta quinta-feira, 29, Edward Madureira, reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou na Live da Reitoria que o retorno das aulas presenciais na universidade depende de decréscimo consistente no número de pessoas contaminadas e taxa de ocupação hospitalar mais baixa. O reitor 

“Com o decreto da Prefeitura de Goiânia autorizando o retorno inclusive na educação superior, é natural que haja alguma pressão nesse sentido, mas na UFG o tema continuará a ser tratado com a mesma responsabilidade e cuidado adotados desde o início da pandemia de covid-19”, disse Edward Madureira. 

Edward lembrou ainda que a UFG não está funcionando apenas com atividades remotas, pois existem atividades presenciais acontecendo e aulas práticas emergenciais principalmente nas fases finais de alguns cursos. O reitor também falou sobre o atual estágio do calendário acadêmico: “Já temos um semestre planejado que vai até junho e semana que vem a gente discute um calendário também projetando atividades remotas preferencialmente. Então não há o que a gente se assustar por enquanto de que vamos voltar de qualquer jeito ou que vamos voltar amanhã. Vamos voltar com as condições adequadas”. 

O grupo dos professores deve começar a ser vacinado pelos profissionais da educação básica e que, no caso da UFG, é preciso lembrar que a comunidade de estudantes também precisa ser vacinada, pois a maioria tem mais de 18 anos e está no público-alvo da imunização. “Continuaremos com o mesmo cuidado com a vida, com as pessoas, para garantir a qualidade e a isonomia no tratamento”, alertou o reitor. Conforme Edward, a UFG tem uma comissão para discutir as condições para o retorno presencial e esse grupo foi convocado para uma nova reunião. Entretanto, ele informa: “Não tem pressa nenhuma, não há o que desesperar agora. Vamos continuar com a prudência que a gente vem tratando a questão. Aulas práticas emergenciais onde for estritamente necessário e atividades remotas em boa parte das nossas ações”. 

Situação orçamentária 

Edward Madureira, que também preside a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), comentou sobre a situação orçamentária das universidades federais. Além do orçamento de 2021 ter sido aprovado com vetos presidenciais que cortaram mais recursos das universidades e do Ministério da Educação, foi anunciado nesta quinta-feira,29, um bloqueio de 13,8%. Na UFG, a redução do orçamento em 2021 é de mais de R$ 20 milhões.

“A situação é absolutamente dramática e nós reitores estamos mobilizados o tempo todo. Tivemos reunião hoje, temos outra semana que vem, vamos à Brasília tentar sensibilizar os parlamentares porque a situação em 2021 não está nem um pouco fácil para as universidades”, ressaltou o reitor. Agrava o quadro o fato de o orçamento estar dividido em duas partes – 40% não condicionado e 60% condicionado à aprovação de projetos de lei para sua liberação. 

A universidade não para, se apresenta, enfrenta a pandemia, se coloca como essa instituição solidária e inclusive ousa. A gente está criando o curso de Fisioterapia, Engenharia de Materiais em Aparecida de Goiânia, Pedagogia na cidade de Goiás e nesta sexta-feira iniciamos um novo curso, que é Biblioteconomia na modalidade à distância. Universidade em plena movimentação mas extremamente ameaçada, sem a mínima condição de garantir o funcionamento até o fim do ano”, finalizou. A Live da Reitoria ocorre toda quinta-feira, às 18h, pelo canal UFG Oficial no Youtube.

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