A superintendente em Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim, também é umas das especialistas que participam da reunião com o governador Ronaldo Caiado (DEM) e diversos prefeitos, nesta segunda-feira, 29. Ao discursar, a especialista alertou que as curvas de outros estados, apesar de maiores, estão se estabilizando. Diferente dos demais, Goiás registra uma curva ainda crescente.
“As medidas implementadas inicialmente foram efetivas, mas o aumento lento e progressivo está bem mais rápido agora”, pondera. Entre as hipóteses para curvas de casos e óbitos terem crescido no Estado estão a rigidez das medidas; o momento de implementação e duração; falha na capacidade diagnóstica para identificar sintomáticos positivos; ineficiência no rastreamento e isolamento social.
A superintendente disse também que essas dificuldades não são enfrentadas apenas em Goiás e pontua que os seis municípios do Estado com maior número de casos já estão fazendo inquéritos para acompanhamento da pandemia.
Flúvia também falou sobre a importância de medidas alternativas aliadas ao isolamento para que o estado consiga reduzir o número de casos e óbitos e, assim, consiga prestar atendimento a todos os infectados.
“Precisamos de um conjunto de ações como o isolamento e identificação rápida de casos, aumentar diagnóstico de PCR, busca ativa dos contatos, sem discrepâncias entre regiões. Busca ativa pelo serviço de vigilância de casos, saber todas as pessoas que entraram em contato”, defende, ao frisar que o isolamento de 10 dias tem resultados efetivos.
Ela também recomendou o aumento da rede assistencial leitos do UTIs além da elaboração de um plano estadual de flexibilização, que se encontra em fase final de elaboração com um modelo fechado por região com avaliações de 7 a 14 dias.
“Para flexibilizar precisamos levar em conta os dados epidemiológicos e referente à capacidade de leitos, capacidade diagnóstica para indivíduos com suspeita”, explica Flúvia.
Ela também propôs a realização de exame em todos os casos sintomáticos e em profissionais de saúde, idosos e moradores de instituições de longa permanência (ILPIs). Vale lembrar que Goiás possui 133 locais com 6.650 idosos e cerca de 2.600 trabalhadores que atuam na área de atenção especial.
Jornal Opção