O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Formosa, e a Polícia Civil desencadearam na manhã desta segunda-feira (28/06) a Operação Ahab. O objetivo é desarticular quadrilha suspeita de fraude a licitações e corrupção que resultaram em prejuízos da ordem de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos do município de Formosa. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão.

Foram decretadas as prisões temporárias dos empresários Karine Daniela Ribeiro da Silva e Daniel Pereira da Silva, proprietários da empresa Max Comércio, além da servidora pública Aline Aparecida da Silva. Os três também são alvos de busca e apreensão, além do empresário Bruno Lima Calazans, proprietário da empresa Master Médico, onde os agentes também cumpriram mandado de busca.

De acordo com o promotor de Justiça Douglas Chegury, investigações realizadas pelo MP-GO em Formosa e pela Polícia Civil identificaram que os investigados se associaram com o objetivo de fraudar licitações milionárias voltadas para a aquisição de fórmulas nutricionais especiais pelo Fundo Municipal de Saúde nos anos de 2017 a 2019. As empresas e seus proprietários, explicou o promotor de Justiça, agiram em um esquema de cobertura mútua e falsificação de documentos, com o auxílio da servidora Aline Aparecida da Silva, ligada à Comissão de Licitações, tendo produzido orçamentos superfaturados em valores que chegaram a ultrapassar 100% dos praticados no mercado.

A operação é coordenada pelo promotor de Justiça Douglas Chegury e pelo delegado Regional José Antônio Sena, e conta com o apoio de dezenas de policiais civis. Os mandados foram expedidos pelo juiz Fernando Oliveira Samuel, da Vara Criminal de Formosa. Caso os fatos sejam confirmados, os investigados responderão a processo criminal pelos delitos de fraude a licitações, superfaturamento, corrupção passiva, falsificação de documentos e quadrilha.

As investigações terão prosseguimento para identificar e responsabilizar outros envolvidos nas fraudes. O nome da operação é uma referência ao personagem do escritor norte americano Herman Melville, Capitão Ahab, que caçou a baleia branca Moby Dick pelos sete mares a bordo do baleeiro Pequod, como narrado no consagrado romance de mesmo nome.