O governador Ronaldo Caiado (DEM) adotou um tom de preocupação em relação à pandemia e reforçou o pedido de conscientização. “Março será o pior mês que vamos enfrentar a Covid-19 com essas variantes que chegaram até nós”, declarou.

“Por favor, eu peço que mantenham o uso de máscara, o afastamento, a higienização das mãos, porque a demanda está sendo muito maior que na primeira onda”, continuou o governador durante entrevista coletiva após a entrega do novo câmpus da Faculdade da Polícia Militar de Goiás, em Goiânia, nesta segunda-feira (22/02).

Caiado afirmou que todas as ações do Estado nos últimos meses têm sido no sentido de reduzir os impactos da pandemia e de, principalmente, salvar vidas. Ele exemplificou sua fala com a considerável expansão hospitalar regionalizada. “Estamos hoje com muito mais leitos de enfermaria e de UTI [Unidades de Terapia Intensiva] do que na primeira onda, e a demanda está cada dia maior. Só nesta semana serão mais 50 leitos abertos”, assegurou.

No entanto, apesar dos esforços do poder público, o governador frisou que o atual cenário requer a colaboração de todos. “Se não tivermos a contrapartida da população, fica difícil. Já disse e repito: há limitação, principalmente das nossas equipes na área de saúde. Estão estafadas, sobrecarregadas, alguns não suportam a carga do volume de trabalho e isto tem sido um fator extremamente preocupante”, ressaltou.

Caiado ainda mencionou o novo formato de monitoramento da pandemia em Goiás, lançado na última semana pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Ele classifica, semanalmente, as regiões conforme a gravidade da curva de contágio pela Covid-19 e outros indicadores. A partir disso, uma nota técnica da pasta recomenda como cada município deve proceder.

O governador destacou a importância “da ação de decisão dos prefeitos, junto à fiscalização que será implantada pelo Ministério Público de Goiás” em relação às possíveis novas regras adotadas por cada município. E ainda, a expectativa de reduzir o número de pessoas acometidas pela doença a partir dessa estratégia conjunta. “As nossas medidas são essas, que já tomamos. Continuaremos a avaliação, região a região. É lógico que em um parâmetro de uma semana pode ser mudado, e espero que sim”, concluiu.