Na tentativa de diminuir o contágio por covid-19 nas eleições municipais deste ano, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, anunciou a exclusão da necessidade de identificação biométrica, por meio de impressão digital. Assim, a identificação do eleitor volta a ser feita no caderno eleitoral, por meio de assinatura manual.

O TSE vai orientar os eleitores a levarem a própria caneta para a seção de votação, outra medida para evitar o contágio. A decisão foi tomada após uma primeira reunião de técnicos do tribunal com os médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein.

As três instituições firmaram parceria com o TSE para a elaboração de um protocolo de segurança que reduza o risco de contágio durante a votação. Segundo o tribunal, a consultoria sanitária é prestada sem custos.

Dois fatores pesaram para excluir a biometria. Primeiro, o leitor de impressões digitais não pode ser higienizado com frequência, como a cada utilização. Também pesou o fato de que a identificação biométrica tende a causar filas maiores, favorecendo aglomerações, já que o processo é mais demorado do que a simples coleta de assinatura.