O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae disponibilizou no seu portal na internet uma página específica onde os micro e pequenos empresários terão acesso a um conjunto de protocolos para a retomada da atividade econômica, após o isolamento social para enfrentamento da pandemia de covid-19.
Foram elaborados 35 documentos para 47 segmentos setoriais, que correspondem a 75% dos pequenos negócios do Brasil e são responsáveis por 46% dos empregos gerados no país.
A primeira etapa da iniciativa começou no último dia 4, quando o Sebrae atendeu empresários dos segmentos que representam 57% dos pequenos negócios, formados pelos setores de moda, beleza, estética, bares, lanchonetes, restaurantes, lojas de rua e de shopping, academias de ginástica, clínicas e saúde. Além de e-books, foram disponibilizados vídeos orientativos de curta duração em que os donos de pequenos negócios poderão verificar os procedimentos que deverão adotar na empresa.
Amanhã (10), o portal do Sebrae trará novos conteúdos para os outros segmentos da alimentação, em especial para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadores, feiras livres, minimercados e mercearias. Nessa segunda etapa, os empresários da construção civil, tanto da indústria quanto das lojas do segmento também terão acessos aos protocolos segmentados nos formatos de e-book e vídeos.
Na última etapa, prevista para o dia 15 de junho, os empresários terão acesso aos outros materiais de apoio, preparados para facilitar a implementação das medidas indicadas nos protocolos, como um check-list.
Por meio desse recurso, os donos de pequenos negócios poderão poder verificar, junto com a equipe, quais práticas que já foram implementadas e quais ainda precisam de atenção. Isso inclui materiais de visualização e sinalização para impressão, que podem ser utilizados na empresa tanto no piso quanto na parede, com orientações para distanciamento e medidas preventivas de higiene, entre outras.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick Lourenço de Lima, disse que o protocolo foi criado com base em experiências de outros países. “São todos os cuidados que uma empresa deve ter no seu contato com clientes e fornecedores, e que seus colaboradores têm que tomar para mitigar, chegar próximo a eliminar as chances de contágio. É a economia trabalhando junto com a saúde no sentido de que os negócios possam funcionar sem serem elementos de propagação do vírus”, disse, em transmissão pela internet para lançar o protocolo.
Municípios
O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Jorge da Costa, que também participou da transmissão, disse que esse protocolo vai ajudar também os municípios e pode evitar que haja uma quantidade excessiva de documentos com o mesmo objetivo. “Muitos municípios não têm a capacidade técnica para definir as orientações. E não queremos milhares de protocolos no Brasil inteiro”, disse.
Carlos da Costa disse ainda que o governo defende o retorno seguro das atividades.
“Há uma preocupação com o retorno seguro, mas que ocorra no momento mais adequado, que não seja postergado indefinidamente. Porque cada dia que permanecemos 100% parados, aumenta o custo para as nossas empresas. As pequenas são as que mais sofrem e há uma limite, há um apoio que o governo pode dar. Por outro lado, não queremos que as atividades voltem para depois serem interrompidas de novo”, disse.
Costa acrescentou que o retorno deve garantir a máxima produtividade possível para o momento. “A nossa principal preocupação é com a saúde das pessoas, mas a condição de vida também é importante.”
Agência Brasil