O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu nesta terça-feira (30/11) mais cinco denúncias contra o médico ginecologista Nicodemos Junior Estanislau Morais por crimes sexuais. Outras duas denúncias já haviam sido oferecidas em outubro contra o acusado, uma em Anápolis e outra em Abadiânia.

As denúncias de hoje referem-se a 42 vítimas. O MPGO concluiu que 39 delas foram vítimas de estupro, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal (CP), parágrafo 1º, com penas que variam de 8 a 15 anos de reclusão. As outras 3 mulheres foram vítimas de violação sexual, definido no artigo 215 do CP, com penas de 2 a 6 anos de prisão.

Foram analisados os relatos de todas as mulheres que noticiaram o ocorrido à Delegacia da Mulher de Anápolis. Das 51 vítimas que relataram na Polícia Civil o que passaram dentro do consultório médico, o MP ouviu novamente 38 delas.

Em 6 dos casos registrados na delegacia, a conclusão dos membros do MP foi de que não houve nenhum crime, tendo sido requerido o arquivamento destes casos.

A estimativa dos promotores de Justiça é que, caso condenado em todos os processos, a soma das penas que podem ser aplicadas ao médico alcançaria patamar superior a 300 anos.

Pedidos à Justiça incluem bloqueio de bens e valores
Nas cinco denúncias, o MP pediu também a decretação da prisão do médico e a tramitação dos feitos em segredo de justiça. Além disso, foi requerido o bloqueio de bens e valores do ginecologista em R$ 100 mil para cada vítima, a fim de assegurar futuro ressarcimento pelos prejuízos morais causados às mulheres.

Assinam as denúncias os promotores de Justiça Camila Fernandes Mendonça, Yashmin Crispim Baiocchi de Paula e Toledo, Denis Augusto Bimbati Marques, Luís Guilherme Martinhão Gimenes e Luciano Miranda Meireles.