Quando falta menos de um ano para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, a prioridade da maior parte dos atletas brasileiros é a conquista da classificação para o evento. Este é o caso das seleções feminina e masculina de Ginástica Artística, que estão na Alemanha para a disputa do Mundial da modalidade, que começa nesta sexta (4) e dá vaga para Tóquio 2020.
Após uma campanha histórica com a conquista de 11 medalhas nos Jogos Pan-americanos de Lima, a seleção masculina permaneceu em treinamento intenso. O objetivo era o Mundial, que acontece entre 4 e 13 de outubro na Alemanha. Os atletas ficaram concentrados no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro. E desde o dia 24 de setembro estão em Stuttgart.
Um dos destaques da delegação é Francisco Barreto, que conquistou três ouros no Pan de Lima (barra fixa, cavalo com alças e equipe). Mas, mesmo com um retrospecto tão positivo, o atleta diz que tem que manter os pés no chão e sempre fazer seu melhor: “Sempre lutamos para buscar a perfeição pessoal. Fazer o meu trabalho, o meu melhor, naquele dia. Porque temos apenas uma chance, e não podemos desperdiçar”.
Busca de classificação
Quem vive situação diferente é Arthur Zanetti. Após a frustração com a medalha de prata em Lima, o ginasta se recuperou de uma lesão no ombro e demonstra confiança para alcançar uma melhor performance no Mundial. Confiança esta que também se volta para a performance da equipe brasileira, pois esta é a última competição que classifica equipes para os Jogos Olímpicos. Os nove países mais bem qualificados asseguram vagas para Tóquio 2020.
“O grande objetivo da seleção brasileira é classificar novamente uma equipe completa. Todo mundo pergunta, vai ter medalha nas argolas. Se for para escolher entre medalha nas argolas ou levar uma equipe completa, deixo minha medalha de lado e prefiro levar a equipe completa”, diz Zanetti.
Este otimismo também chega à seleção feminina, que espera a classificação olímpica e bons resultados na competição. Para alcançar este alvo, as atletas brasileiras contam com um trunfo, o entrosamento, como diz Flávia Saraiva: “Somos muito entrosadas mesmo. Somos uma família. Até podemos treinar em cidades diferentes, só que de duas em duas semanas temos um treinamento da seleção. Assim, sempre estamos juntas e ficamos bem unidas. E quando não estamos aqui, falamos por celular”.
Fonte: Agência Brasil