A defesa do X (antigo Twitter) afirmou que investigados pelo Supremo Tribunal Federal buscaram “contornar” restrições impostas usando funcionalidades da plataforma, como a ferramenta que permite a realização de transmissões em áudio ao vivo.

Em manifestação enviada ao STF nesta sexta-feira (26), a plataforma informou também que determinou o bloqueio da ferramenta Spaces para os usuários brasileiros, a fim de garantir a proibição determinada pela Corte.

O envio das explicações do X ao Supremo ocorre após a Polícia Federal afirmar que a plataforma tem mantido bloqueios de contas, mas permitido o uso do recurso para realização de lives, o que possibilita a interação dos perfis suspensos com outros usuários.

A PF apontou ainda que houve uma reorganização da suposta milicia digital investigada pelo Supremo para atuar de forma internacional e tentar escapar da Justiça brasileira, sendo que “as postagens realizadas fora do país, incitando seus seguidores e atacando os poderes constituídos (STF, TSE e Senado) demonstram que os investigados nunca cessaram suas condutas criminosas”.

Segundo o X, o relatório da PF tratou de casos pontuais e revela que os investigados atuam para driblar a ordem judicial.

“Casos absolutamente excepcionais em que usuários que tiveram suas contas bloqueadas, procuraram utilizar funcionalidades da plataforma X para contornar as restrições impostas. A utilização de Spaces por intermédio de terceiros é um reflexo claro da adaptabilidade e persistência dos usuários investigados em desafiar as medidas de segurança aplicadas pelas Operadoras do X”, afirma a plataforma.

Os advogados da rede social afirmaram também que “as Operadoras do X, tão logo cientes do uso articulado da funcionalidade Spaces pelos usuários investigados, agiram prontamente para bloquear a possibilidade de seu acesso”.

“Além disso, conforme informações obtidas junto às Operadoras do X, foi implementado o bloqueio da funcionalidade “Spaces” para usuários brasileiros quando os usuários bloqueados estiverem falando”, conclui a defesa da plataforma.

G1