O vôlei brasileiro está de luto. Jean Luc Rosat, conhecido como Suíço, faleceu nesta sexta-feira (2), no Rio de Janeiro, vítima do novo coronavírus (covid-19). Nascido em Montevidéu (Uruguai), ele chegou ao Brasil aos 3 anos de idade. Suíço representou o país nas Olimpíadas de Montreal (Canadá) em 1976 e de Moscou (Rússia, antiga União Soviética) em 1980.
Suíço iniciou a carreira na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e se destacou pelo Botafogo, onde foi campeão brasileiro em 1976 e sul-americano no ano seguinte. No Glorioso, atuou ao lado de nomes como Bebeto de Freitas e Bernardinho, com quem também jogou pela seleção nacional. Vestindo a camisa do Brasil, além das participações olímpicas, esteve nos Mundiais de 1974, no México, e de 1978, na Itália. Em 1975, foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México.
“O esporte brasileiro perde um grande atleta e cidadão. É um dia muito triste, muito triste mesmo. Um amigo de mais de 50 anos que partiu. Estamos sem rumo. Estudei com ele no [Colégio] Franco-Brasileiro. Ele sempre foi uma pessoa muito bacana, um gentleman. A gente tinha uma afinidade muito grande, a família toda”, lamenta à Agência Brasil o ex-jogador Fernandão, medalhista de Olimpíada de Los Angeles (Estados Unidos) em 1984 e que defendeu o Brasil nos Jogos de 1976 ao lado de Suíço. “O Suíço dominava todos os fundamentos do voleibol, com muita categoria. Não tinha uma impulsão muito privilegiada, mas era extremamente técnico, de mão pesada. Foi um excelente jogador de vôlei e também ser humano. Um pai maravilhoso, amigo, fraterno, educado, boa família, bem sucedido”, completa Fernandão.
Outro a se manifestar pelo falecimento de Suíço foi Bernardinho. No Instagram, pela ferramenta stories (postagem disponível por 24 horas), o atual treinador do Sesc-RJ/Flamengo se referiu ao ex-jogador como “mentor em muitos momentos da minha vida, meu sócio, parte da nossa família”. Filho de Bernardinho e medalhista de ouro olímpico pela seleção masculina, o levantador Bruninho também demonstrou carinho ao se despedir do “padrinho”.
Pela mesma rede social, o ex-jogador Bernard Rajzman, companheiro de Suíço na seleção brasileira, recordou a participação de ambos na Olimpíada de Montreal (Canadá).
Agência Brasil