O turismo é, talvez, um dos setores mais atingidos pela pandemia de Covid-19 no mundo. No Estado de Goiás não é diferente. De acordo com dados da Federação de Comércio do Estado de Goiás  (Fecomércio-GO), são 150 centros de convenções, salas e salões de hotéis fechados.

A área mais prejudicada é dos eventos. Única atividade que ainda não retornou do fechamento para contenção do coronavírus. Por isso, representantes do setor tentar articular junto às autoridades de saúde municipal e estadual um retorno gradual. Há possibilidade de um retorno inicial de eventos do ciclo de negócios.

São 210 dias sem que o setor possa realizar festas ou eventos. Isso traz prejuízos contabilizados para 350 casas de festas, além de 1 mil produtores atingidos diretamente pela crise. Os dados Fecomércio-GO apontam ainda que são 30 mil eventos, entre casamentos, aniversários, reuniões, palestras, feiras e shows que deixaram de ser realizados no período da pandemia.

Segundo os dados da Fecomércio-GO, 40 mil profissionais autônomos estão sem trabalho.

Flexibilização

Segundo aponta o presidente do Sindicato de Turismo e Hospitalidade no Estado de Goiás, Ricardo Rodrigues, as medidas de flexibilização adotadas principalmente a partir de julho não conseguiram conter os prejuízos do setor no estado.

Ricardo Rodrigues aponta que o retorno das atividades foi restrito. Já que a capacidade dos bares, restaurantes, hotéis e demais estabelecimentos ficaram em pelo menos 50%. O que reduz também o faturamento à metade do período pré-pandemia.

Ele salienta que os custos não diminuem, aliado às demissões em decorrência da inatividade, que são caras, além dos gastos fixos, como IPTU, energia elétrica, água. “Vai demorar muito para que as empresas se recuperem. A grande maioria tem trabalhado para manter as portas abertas com muita dificuldade”, diz.

Cidades turísticas

As 10 maiores cidades turísticas de Goiás seguem o dinâmica da crise do setor. Ou seja, colhem prejuízos e não conseguiram se recuperar do período de fechamento das atividades. Os custos para funcionamento dos estabelecimentos aumentaram, já que é preciso de uma série de protocolos de saúde e sanitários para evitar a contaminação de trabalhadores e turistas. Além da diminuição da capacidade de recebimento de turistas.

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