O Programa Sebrae da Qualidade Total Rural (QT RURAL) foi realizado no período de 27/03 a 30/09/2019, no Município de Hidrolândia-Go, dentre os 15 empresários rurais participantes, o produtor de leite Welton Carlos Silva se destacou pelo sucesso que obteve após a implantação da metodologia em sua propriedade rural. 

Welton Carlos Silva aperfeiçoou as técnicas de produção de leite na propriedade da família em Hidrolândia, a Chácara Santa Luzia. Em média, Welton conseguia 85 litros por dia. Depois do curso Qualidade Total Rural, ministrado em parceria do Sebrae Goiás com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a produção diária chegou a 130 litros de leite. 

Um dos pontos de destaque, é a implantação do pastejo “rotacionado”, que melhorou significativamente o aspecto nutricional dos animais e a capacidade de apascentamento, contribuindo para uma melhor eficiência reprodutiva do rebanho e a redução do custo de produção em função do aumento da produtividade, tornando sua empresa rural mais competitiva nesse difícil senário que se encontra o mercado do leite. 

De acordo com Welton, o primeiro contato com o Sebrae foi no curso focado na gestão em pequena propriedade ministrado pelo consultor e instrutor Elmer Dihl Oliveira. “Trouxe uma visão diferente de negócio para dentro da minha pequena propriedade, que é focado na produção de leite a pasto.” 

O consultor do Sebrae e do Senar explica que o programa Qualidade Total Rural é feito em duas fases durante seis meses. O trabalho realizado em Hidrolândia em 2019 ofereceu as duas etapas: De Olho na Qualidade Rural e Qualidade Total Rural Fase 2. Elmer Oliveira diz que a consultoria e a instrução do proprietário rural duram oito meses. Depois do trabalho teórico em sala de aula, o consultor vai ao local ajudar na implantação da metodologia. 

De acordo com o consultor do Sebrae e do Senar, Welton se destacou por ter conseguido implantar aquilo que foi planejado durante o curso. O produtor de leite afirma que passou a gerenciar melhor o próprio negócio. “Passei a anotar o que eu compro, quanto gasto de sal mineral, ração, alimento e energia, para ter noção de qual é a real liquidez do meu negócio, quanto eu lucro por litro produzido.” 

Welton diz que tem uma margem até muito boa de lucro, mas ainda não tem escala de produção. Como a propriedade utilizada para produzir leite ainda é parte de um inventário que não foi concluído – são dez alqueires recebidos pela mãe de herança -, falta ao produtor a documentação da terra para buscar um financiamento, o que possibilitaria investir mais no negócio. 

 “É um processo que será construído com o tempo. Tudo que fiz é dinheiro tirado da atividade, seja a colocação da cerca, construção de um pequeno poço, colocar energia e o barracão para não tirar leite na chuva.” Em 2019, Welton começou a mecanizar a produção de leite com uma ordenha balde ao pé, que não exige o esforço manual. “Preciso esperar minhas vacas produzirem, as bezerras virarem novilha e parir.” 

É um processo que leva tempo, mas Welton define como seu projeto de vida. “Não pretendo tirar muito leite, mas quero produzir um leite de qualidade e de baixo custo, com utilização de pastagem no período das águas e silagem na seca.” Segundo os planos do produtor, um projeto de irrigação da área ficará para daqui dez água, porque será preciso armazenar chuva para criar um modelo sustentável de negócio. 

Para Welton, o curso do Sebrae ajudou na hora da tomada de decisão. Foi quando começou a saber o custo do negócio, como e quando pode investir, de acordo com um plano de ação que seja possível de executar.