Gratificação de Regência dos professores de Goiânia vai considerar 20 horas semanais

Gratificação de Regência dos professores de Goiânia vai considerar 20 horas semanais

Em um julgamento decisivo na última semana, a Turma de Uniformização dos Juizados Especiais do Estado de Goiás determinou, por 6 votos a 4, que a base de cálculo da Gratificação de Regência de Classe para os professores da rede municipal de Goiânia será exclusivamente a tabela de 20 horas semanais.

A decisão foi concluída em 24 de fevereiro deste ano, mas divulgada recentemente, e representa uma vitória importante para o município, que já adota essa prática desde a criação do benefício.

O procurador-geral do município de Goiânia, Wandir Allan, comemorou o desfecho favorável e destacou que a base de cálculo sempre foi a de 20 horas semanais. “Essa vitória reforça o entendimento jurídico que defendemos desde o início e consolidará a interpretação no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, afirmou. Allan também reconheceu o trabalho dos servidores Guilherme Sanini, Bruno Balduino e Paulo Guimarães, que contribuíram para o processo.

O caso foi levado à Turma de Uniformização devido a divergências nas decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais. A principal questão envolvia a interpretação da Lei Complementar Municipal nº 91/2000, que criou a Gratificação de Regência. A tese defendida pelo município sustentava que a base de cálculo sempre foi fixa em 20 horas semanais, com variações apenas nos percentuais conforme a carga horária do professor.

A defesa municipal argumentou que a legislação sempre estabeleceu esse critério, reforçado pela Lei Complementar Municipal nº 351/2022, que ratificou a interpretação. Esse entendimento foi considerado a interpretação correta pela Turma de Uniformização, que agora estabelece um importante precedente jurídico.

Ratificação da interpretação jurídica e a base de 20 horas semanais

Na decisão, o juiz relator em substituição, André Reis Lacerda, destacou que, embora haja um entendimento minoritário sobre o tema, a base de cálculo fixada em 20 horas semanais é a mais adequada, conforme o princípio da legalidade e a conformação do legislador local.

Lacerda ainda afirmou que a interpretação vai ao encontro da intenção original da legislação, que determinou esse parâmetro fixo como base para os cálculos da gratificação.

Impacto e próximos passos no Tribunal de Justiça

Agora, com a decisão da Turma de Uniformização, o município de Goiânia se prepara para levar a questão ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, consolidando o entendimento sobre a base de cálculo da Gratificação de Regência. O julgamento ajudará a garantir uniformidade nas futuras discussões e ações jurídicas sobre o benefício.

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