A Unidade Didática de Agroindústria da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), localizada no Complexo de Inovação Rural, em Goiânia, oferece mensalmente cursos para agricultores familiares que estão em busca de melhorar sua rentabilidade por meio da agroindustrialização artesanal.
A supervisora de Desenvolvimento Social da Emater, Janete da Rocha, explica que o objetivo é difundir informações sobre o processamento correto de alimentos em vários setores, como leite, carnes e frutas.
“Temos condições técnicas de oferecer treinamentos considerando várias cadeias produtivas. Trabalhamos no sentido de ensinar aos produtores técnicas acessíveis para aplicá-las em suas propriedades”, explica.
Além de se capacitarem para agregar valor a suas mercadorias, os produtores também aprendem a lidar com outras questões, como o aproveitamento integral da produção.
“Às vezes eles têm produto excedente em suas propriedades e não sabem como usar. Então a gente ensina a fazer o uso correto desse material, para que possam aumentar sua renda e ter uma oportunidade no mercado”, destaca Neurileide Leão, assessora técnica da supervisão.
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
O trabalho na Unidade Didática de Agroindústria da Emater envolve também o ensino de Boas Práticas de Fabricação (BPF) durante o processo de produção, segundo explica a assessora técnica da supervisão, Rosângela Caparrosa.
“Trabalhar dentro das Boas Práticas possibilita não só aumentar a renda e utilizar os excedentes, como também que as pessoas possam se mostrar capazes de realizar determinada transformação de produtos”.
O presidente da Emater, José Ricardo Caixeta, considera que a agência, enquanto instituição de assistência técnica e extensão rural, tem o papel de transformar realidades positivamente, em especial no que se refere ao produtor familiar.
“Após a execução das capacitações, nós acompanhamos os produtores e percebemos que há um incremento na renda familiar. Isso ocorre devido ao fato de que, sabendo trabalhar melhor com os produtos que eles cultivam em suas terras, há maior agregação de valor nos alimentos produzidos”, explica o presidente.
As capacitações são planejadas considerando a realidade local de cada turma.
“A gente precisa conhecer quem vem e saber até onde vai o conhecimento da pessoa sobre o produto. Ensinar algo que a pessoa já sabe não agregará nada a ela”, destaca Rosângela.
Os cursos são oferecidos sob demanda e, até o momento, são realizados mensalmente. Os interessados devem procurar os escritórios da Emater em suas regiões.
Turmas de diferentes locais do estado já participaram das capacitações sobre panificação, produção de quitandas, bolos, tortas e salgados, desidratação de frutas e outros.