O dólar manteve a trajetória de alta nesta segunda-feira (13), em meio a apostas de aumento mais agressivo de juros nos Estados Unidos, em semana que terá como destaques as reuniões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 2,56%, a R$ 5,1146. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,1374. Veja mais cotações.

Já o Ibovespa fechou em queda acentuada.

Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,44%, a R$ 4,9871. Com o resultado de hoje, passou a acumular alta de 7,64% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,26% frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os mercados eram pressionados pelos temores de altas mais agressivas nas taxas de juros nos Estados Unidos após a publicação na sexta-feira de dados da inflação americana mais elevados que o previsto.

O Federal Reserve (Fed) anuncia na quarta-feira a nova taxa de juros nos EUA. Os mercados esperam ao menos um novo juste de 0,5 ponto percentual. Mas, diante do avanço da inflação, alguns analistas questionam se o Fed não aumentará ainda mais o aperto monetário com um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros.

Juros mais altos nos EUA tendem a valorizar o dólar, já que elevam a atratividade da dívida norte-americana, considerada a mais segura do mundo.

A curva de rendimentos dos títulos norte-americanos (treasuries) de dois e 10 anos inverteu-se pela primeira vez desde abril, um movimento visto por muitos como sinal de que uma recessão pode acontecer no próximo ano ou dois.

As criptomoedas iniciaram a semana com fortes perdas, seguindo a instabilidade dos demais mercados de risco. O bitcoin registrava queda de 10%, sendo negociado abaixo de US$ 25 mil, um nível que não era observado desde dezembro de 2020.

As principais bolsas recuavam e o petróleo era negociado em queda, mas o barril do Brent permanecia orbitando os US$ 120.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros da economia brasileira. A expectativa é de elevação de 0,50 ponto percentual, para 13,25% após a inflação ter desacelerado em maio e o BC ter sinalizado na ata da reunião de maio um ajuste adicional de menor magnitude em relação ao ritmo de elevação de 1 ponto percentual adotado até então.

G1