A Justiça de Goiás manteve, em uma audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (7), a prisão do soldado da Polícia Militar Pedro Henrique Cândido Negreiro, de 32 anos, suspeito de atirar em Francis Junio, no show da dupla Henrique e Juliano, em Goiânia. O jovem, de 27 anos, está internado na UTI em estado grave.

O advogado do PM, Vitor Hugo Martins Mendes, disse ao g1 que por enquanto a defesa vai aguardar o encerramento do inquérito policial para se manifestar.

A decisão é da juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, que determinou a prisão preventiva do suspeito. O policial está preso desde a última segunda-feira (6). A PM informou que abriu um procedimento para investigar o caso.

O jovem Francis Junio Ribeiro, de 27 anos, permanece em estado grave porém estável e respirando com ajuda de oxigênio no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). Ele foi baleado na mão e no peito e agonizou no chão do evento até a chegada do socorro. O show da dupla Henrique e Juliano aconteceu no domingo (5).

Em nota, a organização do evento disse que “o Policial Militar responsável pelos disparos assinou o termo de responsabilidade/formulário de identificação de armamento para entrar com a arma registrada no evento”. O comunicado diz ainda que 700 seguranças estavam no evento e está prestando apoio à família.

Tiros
O caso aconteceu no domingo (5), no show realizado no estacionamento do Estádio Serra Dourada. Francis e a irmã estavam com amigos e familiares em um grupo com oito pessoas.

Uma irmã do jovem, Lidiany Amorim, cobrou punição para PM preso suspeito do crime e disse que sente alívio após a prisão dele.

“Ele [policial] tinha por obrigação defender a sociedade, não fazer algo do tipo que fez. Ele precisa ser de fato, punido”, disse Lidiany Amorim em sua rede social.
Segundo Lidiany Amorim, o irmão esbarrou em uma pessoa porque estava muito cheio. Esse homem empurrou o jovem de volta, que revidou. Uma das meninas que estava com ele disse que se virou e foi a hora que viu o homem atirando no Francis.

Após o ocorrido, os militares também conversaram com o jovem internado, que disse que estava no evento e que empurrou um homem, que também revidou. Em seguida, o homem atirou três vezes contra ele.

Lidiany conta que, ao ver o irmão ensanguentado, sendo levado em uma maca, chegou a ter uma crise de pânico.

“Era para ser um dia diversão e acontece uma coisa dessas onde você acha que está seguro”, disse Lidiany Ribeiro Amorim.

G1 Goiás