A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), decidiu antecipar para esta quarta-feira (6) o início da vacinação contra Influenza para gestantes e puérperas (mulheres no pós-parto até 45 dias). A medida leva em consideração a importância de proteger esse grupo que também é considerado vulnerável para o agravamento da doença, com risco de complicações, internações e óbitos por influenza.

A gestão da capital goiana disponibiliza aos moradores 73 pontos de vacinação espalhados pelos sete distritos sanitários de Goiânia. A lista completa com as unidades está disponível no link do ImunizaGyn, no site da Prefeitura de Goiânia (www.goiania.go.gov.br). “Nossa meta é atingir 90% para cada público e não medimos esforços para levar a imunização para mais perto dos moradores”, comenta o prefeito Rogério Cruz.

Ele acrescenta que, entre os pontos para imunização, foram disponibilizados o Clube da Caixa Econômica Federal, localizado na Avenida T-1, número 1.155, Quadra 53, setor Bueno, além do drive-thru, no estacionamento do Estádio Serra Dourada, localizado na Avenida Fuedd Sebba, número 1.170, Jardim Goiás. “Esses pontos são estratégicos e visam atender a todos públicos prioritários para se vacinarem contra Influenza e Covid-19”, sublinha Rogério Cruz, que se diz feliz com a ampliação de mais um grupo. “É sempre muito bom anunciar a ampliação da vacinação na nossa cidade”, destaca.

A preocupação com o grupo, que soma 16.868 mulheres, sendo 14.486 gestantes e 2.382 puérperas, se deve às mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo feminino antes e depois do parto. “As grávidas têm a um maior volume de líquido circulando no corpo e uma diminuição da capacidade pulmonar, isso pode acarretar um quadro respiratório mais grave do que em mulheres que não estão”, explica o titular da SMS, Durval Pedroso.

Para a diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Grécia Pessoni, uma gestante tem duas vezes mais riscos de ser internada do que uma mulher que não está neste período. “Não é só o coronavírus que causa infecção respiratória grave nas gestantes, o vírus influenza também pode levar a um grande risco de insuficiência respiratória, risco de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), interrupção precoce da gravidez e até o risco de óbito da mãe e do bebê”, alerta.

Grécia Pessoni se refere, ainda, às puérperas, que são as mães no pós-parto em um período de 45 dias, dizendo que esse grupo também têm o risco aumentado de apresentar um quadro bastante grave, com uma infecção respiratória muito séria. “Em puérperas também é muito importante a vacinação porque durante a amamentação as mães podem transmitir anticorpos para os bebês menores de seis meses e que ainda não podem receber o imunizante”, completa.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde (MS) é trivalente, ou seja, protege contra três tipos de Influenza (cepas): H1N1, H3N2 e Tipo B. Também conhecida como gripe, a Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. “Se não for tratada a tempo, pode causar complicações graves e levar à hospitalização e até mesmo à morte, principalmente nos grupos de alto risco”, ressalta o secretário Durval Pedroso.

Documentos
No ato da vacinação, as gestantes e puérperas devem apresentar documento de identificação com foto, CPF ou Cartão SUS, comprovante de endereço, além do comprovante da gestação ou do parto, em 45 dias, como, por exemplo, os exames BetaHCG ou Ultrassonografia.