A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu, nesta terça-feira (15), para a progressão da variante Ômicron do SARS-CoV-2 no leste da Europa. Nas duas últimas semanas, o número de novas infecções duplicou na região, diante de nível reduzido de vacinação contra a covid-19.
“Nas últimas duas semanas, os casos de covid-19 mais do que duplicaram em seis países da região (Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Federação Russa e Ucrânia). Como se previu, a onda de Ômicron se movimenta para leste: dez Estados-membros já detectaram a variante”, disse Hans Kluge, diretor europeu da OMS.
Em comunicado divulgado durante reunião virtual com órgãos de comunicação social dos países de leste, Kluge lembrou que “a vacinação continua a ser a melhor defesa contra doenças graves e mortes para todas as variantes atuais do vírus da covid-19”.
“Contudo, muitas pessoas em maior risco permanecem desprotegidas: menos de 40% das pessoas com mais de 60 anos na Bósnia Herzegovina, Bulgária, Quirguistão, Ucrânia e Uzbequistão completaram o plano de vacinação, acrescentou.
Aumento da vacinação
O diretor da OMS para a Europa afirmou ainda que Bulgária, Geórgia e Macedônia do Norte figuram igualmente entre os países onde menos de 40% dos profissionais de saúde receberam pelo menos uma dose da vacina.
“Apelo aos governos, autoridades de saúde e parceiros relevantes que avaliem de perto as razões locais por detrás da menor procura e aceitação de vacinas e projetem intervenções personalizadas para aumentar as taxas de vacinação com urgência, com base em evidências específicas de cada contexto”.
Na região europeia da OMS, disse Hans Kluge, houve registro de “mais de 165 milhões de casos de covid-19 até o momento. Essa é ainda uma doença mortal: 1,8 milhão de pessoas perderam a vida, 25 mil na última semana”.
Segundo o diretor, “os sistemas de saúde estão sob pressão crescente, especialmente porque os casos entre os profissionais de saúde estão aumentando, de 30 mil no fim do ano passado para 50 mil no último mês”.
Hans Kluge advertiu ainda que, “à medida que as necessidades de saúde aumentam, o número de pessoal disponível para prestar atendimento diminui e o risco de transmissão em ambientes de saúde cresce, agravando ainda mais o problema”.
Agência Brasil