Uma ação conjunta entre o Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar fechou na quinta-feira (10) uma fábrica clandestina de agrotóxicos em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Durante a operação, um homem foi preso e 9 toneladas de defensivos foram apreendidos.
Os produtos eram feitos sem nenhum controle ou certificação. Os insumos usados eram importados da China e ficavam guardados em um galpão na Vila Maria. Foram encontrados rótulos, embalagens e até selos de qualidade idênticos a produtos de marcas originais. Todo material era confeccionado no local.
A mistura dos produtos que compunham os agrotóxicos clandestinos era feita no galpão. “Esses produtos não têm garantia nenhuma da sua efetividade, tampouco da sua qualidade em relação à saúde da população em geral. Ele pode tanto não oferecer os resultados para o agricultor quanto provocar danos a quem os manipula”, disse o sargento do Batalhão Ambiental Thiago Silva Mariano.
A investigação começou há seis meses, após fiscais do Ministério da Agricultura encontrarem lotes falsificados de agrotóxicos em vários estados brasileiros, como Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. As equipes rastrearam os produtos e identificaram que eles eram feitos em Goiás.
Os fiscais identificaram que os responsáveis pela falsificação usavam empresas de fachada e notas fiscais frias para distribuir os produtos irregulares para todo o país.
Um homem foi preso em uma casa no Setor Sul, em Goiânia, suspeito de participar do esquema de produção clandestina de agrotóxicos. O nome dele não foi divulgado. O G1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.
Em um depósito ao lado da casa dele, foram apreendidas 9 toneladas de defensivos agrícolas já embalados e prontos para a venda. Todos os produtos e maquinários que estavam nos locais foram apreendidos.
Os agentes não informaram se mais pessoas integravam o esquema de produção clandestina de agrotóxicos.
Segundo os fiscais do Ibama, os insumos vão passar por perícia, pois são extremamente perigosos. Além de não protegerem as lavouras de pragas, podem causar danos à saúde das pessoas que comem os alimentos que receberam esses agrotóxicos.
G1