Na imagem, ele aparece sorridente ao lado de outro detento, em Catalão. Além dele, outra servidora foi presa e um segue foragido; bomba caseira explodiu em portão e feriu vítima.

O servidor público Sérgio Antônio da Silva Júnior, preso por um atentado contra o radialista Ricardo Nogueira, postou uma selfie de dentro do Presídio de Catalão, região sudeste de Goiás. Na imagem, ele aparece sorridente junto com outro detento, Luiz Antônio da Silva Júnior. Além de Sérgio, a também servidora Argélia Teixeira foi detida suspeita do crime e outro funcionário público segue foragido.

Em nota enviada ao G1, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que, após a proliferação da imagem nas redes sociais, uma revista foi feita na cela. Na ocasião, um celular com bateria e chip foi apreendido.

O comunicado destaca ainda que, diante do fato, Sérgio e Luiz “passaram, imediatamente, a cumprir medida disciplinar na unidade”. Além disso, conforme o órgão, os dois serão transferidos para sanção disciplinar no Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O delegado responsável pela investigação, Vitor Magalhães, disse que a foto, no âmbito da investigação da Polícia Civil, “é irrelevante”. “Essa situação será apurada pela DGAP”, disse ao G1.

Os três servidores suspeitos são lotados na Prefeitura de Catalão. O secretário de Comunicação do município, Cairo Batista, a administração aguarda o término das investigações para se posicionar. Mas se eles forem considerados culpados, serão demitidos.

Atentado

O crime foi cometido no dia 9 de dezembro de 2017, em Três Ranchos, também na região sudeste. Os três servidores são suspeitos de explodir o portão da casa de Ricardo com bombas caseiras. Estilhaços de vidro feriram, levemente, o radialista.

O delegado afirma que os dois servidores presos negaram participação no crime. “A gente não descarta nenhuma possibilidade. A investigação ainda está em andamento”, explica.

A prisão dos suspeitos é temporária, portanto, expira na sexta-feira (2). A Polícia Civil ainda deve avaliar se há necessidade de pedir que eles fiquem detidos preventivamente ou se serão liberados. O grupo deve responder pelos crimes de dano qualificado e organização criminosa.

Fonte: G1