O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (15) uma reinfecção pela nova variante do coronavírus no Brasil. O caso foi notificado na quarta-feira (13) pelo estado do Amazonas.
O caso é de uma mulher que foi diagnosticada com a Covid-19 pela primeira vez em 24 de março de 2020. Nove meses depois, em 30 de dezembro, ela recebeu o segundo diagnóstico por meio de um teste RT-PCR, que identifica o material genético do vírus.
A análise em laboratório mostrou um “padrão de mutações compatível com a variante do vírus SARS CoV-2, identificada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão, mas de origem no Amazonas”, informou o Ministério.
O ministério já recebeu a notificação de duas reinfecções pela nova variante do SARS CoV-2 – uma no estado da Bahia, com mutação originada na África do Sul, e essa do estado do Amazonas, confirmada nesta sexta. Segundo a pasta, os dois pacientes continuarão sendo monitorados com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América Latina.
Casos de reinfecção
Ainda segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados no Brasil outros três casos de reinfecção entre as linhagens do coronavírus que já circulavam no país. Dois ocorreram no Rio Grande do Sul e um em São Paulo.
Nova variante
A variante do Amazonas tem uma série de mutações que ainda não tinham sido encontradas. Ela pode ter evoluído de uma linhagem viral que circula no Amazonas desde abril do ano passado, e “ser representante de um vírus potencialmente de uma linhagem emergente no Brasil”, explicou a Fiocruz Amazônia. A variante envolve mutações na proteína Spike, que faz a interação inicial com a célula humana.
Esta nova cepa carrega mutações que já foram associadas à maior transmissão, mas ainda não é possível afirmar se ela é mais transmissível ou não.
As mutações na proteína Spike chamam mais atenção porque elas podem afetar a transmissão do vírus, aumentando ou diminuindo. Quando essa mutação é prejudicial ao vírus, ela vai desaparecer, porque essa mutação não vai circular. As mutações neutras, que não dão vantagem ao vírus, são maioria. Porém, há essas que aparentemente dão vantagem ao vírus e são com essas que temos que ficar mais preocupados.
G1