Apesar de recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM), para a realização imediata de concurso público, a Secretaria Municipal de Educação e Esportes de Goiânia (SME) somente irá realizar um novo certame em 2020.
Ao ser questionado sobre o tema, o secretário municipal de Educação, Marcelo Ferreira da Costa, disse que um novo concurso está em planejamento. Segundo ele, a cidade é muito grande e cresce muito rápido, por isso as demandas são muitas.
No entanto, Marcelo alegou que, “não dá pra fazer um concurso colado em outro, por conta de risco de termos mais profissionais do que precisamos”. Para o secretário, é preciso ter um período para ver como os profissionais foram distribuídos e qual a necessidade de cada unidade. Vale lembrar que o último concurso da Educação municipal foi realizado em 2016.
Segundo informações do secretário, o próximo certame será regionalizado para que as pessoas saibam exatamente onde irão atuar. “Nosso esforço é para que tenhamos professores efetivos na periferia, e que os temporários sejam contratados somente para cobrir licenças”.
Ao ser questionado sobre a prorrogação do último certame, enquanto o novo concurso não é realizado, já que existe um déficit de profissionais, Marcelo afirmou que o formato regionalizado será mais moderno e trará mais benefícios. “E mesmo com a prorrogação, o último concurso venceria em setembro e, portanto, não alcançaria a expansão de vagas pretendida pela SME depois disso”, alegou.
O secretário disse ainda que o concurso continha vários vícios e que as pessoas não entenderam vários pontos do edital. “É importante que a gente tenha tempo, um intervalo para entender a rede”, emendou. Apesar da explicação dada pelo secretário, a vereadora Sabrina Garcês relatou que, em visita às escolas, ouviu crianças relatarem que estavam sem professores.
Um relatório produzido pelo TCM constatou que há grande déficit na rede. “Ainda há uma demanda considerável a ser suprida por servidores efetivos”, pontua a assessoria de comunicação do TCM-GO, que aponta ter havido desistências, exonerações e desclassificações, no último concurso.
Ainda conforme o relatório, os casos de maior gravidade são os cargos de Auxiliar de Atividades Educacionais e Agentes Administrativos educacional, e segundo, cargos de Profissionais da Educação PE-II, área Trombone, Percussão e Português, “nos quais a Administração Pública não supriu nem mesmos as vagas prefixadas no edital”.
Fonte: Jornal Opção