Santa Genoveva ainda passa por adaptações para conseguir liberação da Anac, mas a expectativa é de aumento no números do setor.
A prometida internacionalização do Aeroporto Santa Genoveva gera expectativa não só por facilitar a vida do turista goiano, mas também pelas oportunidades que voos internacionais, sem conexões, podem gerar. Uma delas é o incremento do turismo de negócio. Atualmente, o empresário goiano tem que passar por uma verdadeira odisseia para encontros pessoais com investidores internacionais e/ou vender seu produto.
O aeroporto de Goiânia ainda passa por algumas adaptações exigidas pela Polícia Federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional. Entre elas está a ampliação do espaço para Raio X e adaptações físicas para segurança. Após isso, a Anac ainda tem que emitir portaria com a autorização para voos internacionais. Processo que deve demorar 30 dias.
O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, aponta que o Estado está fazendo a sua parte para que a internacionalização saia do papel. Além da iniciativa de preparar o aeroporto para receber voos diretos internacionais, o governo ainda baixou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o combustível de avião, de 15% para 7%. O que já deu resultados práticos como a atração de novos voos, como o Rio Verde – São Paulo.
“Estamos facilitando a logística dos empresários”, salienta Fabrício. “O que pode incrementar não somente o turismo de negócios, mas eventos de moda, lazer e saúde. E acredito que tanto a internacionalização, quanto a queda na taxa do combustíveis vai ampliar o ambiente de negócios no Estado”, diz.
Fabrício, no entanto, salienta que é preciso ter também o interesse das empresas aéreas para que os voos diretos para o exterior sejam efetivados. “Estamos fazendo a nossa parte. A expectativa é a melhor possível. Há interesse”.
Encurtar caminhos
O presidente da Associação Pró-Desenvolvimento do Estado de Goiás (Adial), Otávio Lage de Siqueira Filho, também vê com bons olhos a internacionalização. Ele salienta que muitos clientes e investidores perdem muito tempo, às vezes um dia e meio, para chegar em Goiânia vindos de destinos internacionais, por conta das conexões obrigatórias em outros aeroportos do país.
“É importante encurtar caminho e tempo do empresário”, salienta. “Quando isso estiver funcionando de forma efetiva, vai facilitar os negócios, sobretudo para quem exporta. Nossos contatos com clientes da Alemanha, França, Estados Unidos e Canadá ficam facilitados”, considera Otávio, que também é diretor-presidente da Jalles Machado, empresa do setor sucroenergético.
Fonte: Jornal Opção