Brasileiras têm dificuldades em confronto contra as cubanas Delís e Martínez, mas saem vitoriosas pelo placar de 2 a 0, parciais de 21/19 e 21/18.
Depois de serem derrotadas pelo time formado por Cook e Pardon, dos Estados Unidos, nas semifinais, Ângela e Carol Horta voltaram, nesta terça, às areias de San Miguel, no Complexo Desportivo de Costa Verde, para fazer seu jogo de despedida dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 no vôlei de praia.
Diante das cubanas Maylen Delís e Leila Martínez, as brasileiras fizeram um jogo muito duro, mas se esforçaram demais e, nos braços da torcida, venceram por 2 a 0, com parciais de 21/19 e 21/18. Ângela foi ao delírio e agradeceu aos céus com a bandeira do Brasil.
“O bronze é nosso!” – comemorou muito Ângela.
– Não joguei bem ontem, mas o esporte é assim, um dia você está bem, no outro não. Hoje eu consegui. Quero agradecer muito a nossa equipe. Estou muito feliz e realizada. é um orgulho muito grande, não tenho nem o que falar. No Brasil, enfrentamos muitas dificuldades. Estou muito emocionada porque eu e Carol lutamos muito. Quero agradecer muito a ela – acrescentou Ângela.
Foi a terceira vez que Carol Horta e Ângela encontraram Maylen Delís e Leila Martínez em quadra. Nas partidas anteriores, uma vitória para as cubanas e outra para a dupla brasileira. Na história do vôlei de praia, o Brasil tem 12 medalhas. No masculino, são seis, sendo dois ouros, três pratas e um bronze. No feminino,mais seis, sendo três ouros e três bronzes.
– É muito gratificante sair com essa medalha. Premia todo nosso esforço e dedicação de cada dia. Ontem saímos muito tristes com a derrota. Nós perdemos um pouco. Mexeu com a gente. Mas nós nos superamos hoje e saímos com essa medalha. Ângela me ajudou o tempo todo – afirmou Carol.
O jogo
O Brasil começou bem, mas as cubanas fizeram resistência, e o jogo estava parelho. Ângela, ao menos no início da parcial, parecia um pouco fora de sintonia. Carol Horta comandava as ações ofensivas. Delís e Martínez abriram vantagem de três pontos, mas as brasileiras se recuperaram e viraram com Carol, mandando no fundo da quadra.
Uma falha da cubana, seguida de uma recuperação espetacular de Ângela na rede colocou o time verde e amarelo na ponta: 19 a 16. A dupla brasileira parecia ter a torcida a seu favor nas areias de San Miguel. O toquinho de categoria de Martínez e o bloqueio na sequência até adiaram o ponto do set, mas o Brasil fechou em 21 a 19, abrindo 1 a 0.
Delís e Martínez puseram 2 a 0 no placar no segundo set logo de cara. Esperta no bloqueio, Carol deu um toquinho para revidar duas vezes. A parcial se desenhava dessa forma, com muito equilíbrio. Vibrante, Ângela entrou mais no jogo. O Brasil virou e abriu dois. Cuba encostou e empatou. Em seguida, o time verde e amarelo voltou a ter dois de frente em um lance de sorte onde a rede ajudou, e a cubana Delís falhou.
Ela, contudo, se recuperou com um toque bonito. Ângela atacou para retomar os dois de vantagem. Cuba reagiu mais uma vez e empatou. Carol cedeu a virada com um erro bobo de manchete. O empate aconteceu em 14 a 14 com um tapa de Horta. As cubanas revidaram. De novo, Carol pontuou, agora com um soco no fundo da quadra.
O time rival errou o posicionamento, e a jogadora do Brasil fez um ace. Depois, levou o rali mais longo do jogo. Ângela consegui um grande ataque e marcou. Cuba ainda marcou mais uma vez, mas as brasileiras chegaram ao match point. Coube a Carol atacar e marcar o ponto que garantiu a vitória e a medalha: 21 a 18.
Veja como foi a campanha do feminino
Fase de grupos
Brasil 2 x 0 Ilhas Virgens – 21/8 e 21/7
Brasil 2 x 0 Chile – 21/16 e 21/19
Brasil 2 x 0 México – 21/10 e 21/11
Quartas de final
Brasil 2 x 0 Colômbia – 21/17 e 21/13
Semifinal
Brasil 0 x 2 EUA – 24/22 e 21/16
Disputa pelo bronze
Brasil 2 x 0 Cuba – 21/19 e 21/18
No masculino, Brasil se despede em 7º
Depois de cair diante da dupla do México, vencedora do Pan de Toronto 2015 e formada por Lombardo Ontiveros e Juan Virgen, e ser derrotado pelo Uruguai na disputa do quinto lugar, o Brasil entrou em quadra para enfrentar a Venezuela nesta terça-feira. Oscar, de 34 anos, e Thiago, de 36, não tiveram dificuldades para bater o time composto por Rolando Hernandez e Jose Gomez pelo placar de 2 a 0, parciais de 21/17 e 21/11. Dessa forma, eles se despediram na 7ª colocação. Essa foi a primeira vez desde o Pan de 1999 que o Brasil ficou fora de uma final.
Veja como foi a campanha do masculino no Pan
Fase de grupos
Brasil 2 x 0 Costa Rica – 21/13 e 21/14
Brasil 2 x 0 Uruguai – 21/16 e 21/14
Brasil 1 x 2 Cuba – 21/16, 14/21 e 16/18
Quartas
Brasil 0 x 2 México – 27/25 e 22/20
5º lugar
Brasil 0 x 2 Uruguai – 13/21 e 20/22
7º lugar
Brasil 2 x 0 Venezuela – 21/17 e 21/11
O Pan de Lima
O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru.
Fonte: GloboEsporte.com