O Twitter foi convidado a mudar a sua sede dos Estados Unidos para a Alemanha, depois de o presidente Donald Trump ameaçar fechar a rede social, que havia sinalizado duas de suas postagens mais recentes como falsas.
Quem fez o convite foi o membro do parlamento alemão Thomas Jarzombek, que tweetou a seguinte mensagem: “Hey @twitter e @jack, este é um convite para mudar para a Alemanha. Aqui você é livre para criticar o governo e combater notícias falsas”, escreveu o político.
No tweet, em que marcou também o CEO da rede social Jack Dorsey, Jarzombek disse ainda: “Temos um ótimo ecossistema de startup e tecnologia, sua empresa seria perfeita e eu abrirei todas as portas para você”, encerrando a postagem, publicada ontem.
Hey @Twitter & @jack, this is an invitation to move to Germany! Here you are free to criticize the government as well as to fight fake news. We have a great startup and tech ecosystem, your company would be a perfect fit and I will open any doors for you! @realDonaldTrump
— Thomas Jarzombek (@tj_tweets) May 28, 2020
Apesar da liberdade citada pelo integrante do Bundestag, a Alemanha possui rigorosas leis para regular a atuação das redes sociais. Uma delas prevê multa de até 50 milhões de euros para as plataformas que não retirarem do ar, em até 24 horas após a notificação, publicações com discurso de ódio ou conteúdo criminoso.
Trump x Twitter
Usuário assíduo do Twitter, onde conta com mais de 80 milhões de seguidores, o presidente dos EUA teve algumas de suas postagens recentes moderadas pelo microblog.
Na última terça-feira (26), duas de suas publicações sobre o voto por correspondência foram sinalizadas pela plataforma como “potencialmente enganosas”, ganhando links que levam a artigos contestando as informações divulgadas por ele.
Foi por causa desta sinalização que Trump assinou um decreto permitindo punições às redes sociais. No documento, ele afirma ter tomado a medida em defesa à liberdade de expressão e acusa as plataformas de censura.
Nesta sexta-feira (29), o Twitter voltou a sinalizar uma publicação do político, desta vez por “apologia à violência”, ocultando a publicação. Na mensagem, ele fazia referência aos protestos em Minneapolis pela morte de um homem negro.