Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (28) que vão impor uma série de sanções contra a Belarus, após o desvio de um voo da Ryanair no último domingo.

Na ocasião, o governo bielorrusso interceptou o voo comercial para prender Roman Protasevich, um opositor político que estava no avião.

A Casa Branca informou que elabora com a União Europeia “uma lista de sanções seletivas contra membros-chave do regime de Alexander Lukashenko” (o líder da Belarus).

“O desvio forçado, sob falsos pretextos, de um voo comercial que circulava entre dois Estados membros da União Europeia, e a prisão do jornalista Roman Protasevich constituem um desafio direto às normas internacionais”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

As sanções econômicas contra nove estatais de Belarus que voltaram a ser impostas em abril, após a repressão a manifestantes pró-democracia, entrarão em vigor no próximo dia 3 de junho. Após as disputadas eleições de 2006, Washington proibiu qualquer transação com essas empresas, sanção levantada em 2015 pelo Tesouro americano, após alguns avanços.

A Casa Branca emitiu um alerta desaconselhando seus cidadãos a viajar para Belarus. Também confirmou que o Departamento de Justiça, incluindo o FBI, investiga o incidente, em cooperação com entidades europeias.

A União Europeia estuda a possibilidade de aplicar sanções contra Belarus, indicou ontem o diplomata Josep Borrell. Bruxelas pediu às companhias aéreas que evitem aquele país.

G1