O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concordou em lançar uma investigação internacional sobre supostos crimes cometidos durante o conflito, que durou 11 dias, entre Israel e o grupo islâmico Hamas em Gaza.
A investigação independente será ampla para examinar todas as supostas violações, não apenas em Gaza e na Cisjordânia ocupada, como também em Israel, durante as hostilidades que foram suspensas por um acordo de cessar-fogo no dia 21 de maio.
Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse ao conselho que os violentos ataques aéreos de Israel a Gaza podem constituir crimes de guerra, e que o Hamas teria violado leis humanitárias internacionais ao disparar foguetes contra Israel.
Israel rejeitou a resolução adotada pelo fórum em Genebra e afirmou que não irá cooperar.
“A vergonhosa decisão de hoje é mais um exemplo da evidente obsessão anti-Israel do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em nota que acusa o fórum de abrandar “uma organização terrorista genocida”.
O ministério de Relações Exteriores de Israel disse que suas forças agiram “de acordo com a lei internacional, para defender seus cidadãos do fogo de morteiros indiscriminados do Hamas”.
Um porta-voz do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, chamou as ações do grupo de “resistência legítima” e pediu “passos imediatos para punir” Israel.
Agência Brasil