Depois que o Reino Unido divulgou uma pesquisa que aponta mutação do novo coronavírus com alta capacidade de transmissão, que chega a ser 70% maior que o vírus original, o governo brasileiro decidiu barrar a entrada para quem vem de Inglaterra, País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia. Com isso, goianos que estão nestes países reclamam que não conseguem voltar para o Brasil.
A TV Anhanguera solicitou, no sábado (26), um posicionamento do Ministério das Relações Exteriores sobre o pedido de assistência de brasileiros que estão no exterior, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
“Tentamos voltar para o Brasil pela Escócia, mas não estamos conseguindo devido ao fechamento pelo governo brasileiro. Eles fecharam as fronteiras e se esqueceram dos brasileiros que se encontram no exterior e precisam voltar para casa”, lamenta o tradutor Giancarlo Danello.
O enfermeiro Francisco Santana está em Londres, na Inglaterra, e também integra o grupo de brasileiros que não conseguem voltar para o país.
“Assim como a minha situação, existem centenas de brasileiros querendo retornar ao país de origem. A Europa inteira está permitindo que seus residentes entrem em seu país com exame de Covid-19 negativo”, relatou Santana.
Iuri Pinheiro trabalha na Inglaterra como entregador por aplicativo. A vinda ao Brasil para visitar os parentes foi planejada há mais dois anos. Ele também teve a passagem cancelada e reclama da falta de assistência do governo brasileiro.
“Continuamos sem respaldo nenhum, sem contato com ninguém. Eles falam que pode voltar, mas não aceitam embarque. A gente compra passagem e cancelam no mesmo dia”, critica o entregador.
Entrada proibida
A portaria do governo federal foi publicada na última quarta-feira (23) e entrou em vigor dois dias depois. No texto, fica proibida a entrada de voos e passageiros vindos do Reino Unido.
A partir do dia 30 de dezembro, qualquer estrangeiro vai precisar apresentar exame RT-PCR negativo para o novo coronavírus ao desembarcar no Brasil. O exame precisa ter sido realizado 72 horas antes do embarque.
G1