O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, vai presidir, nesta quarta-feira (27), o júri popular de Adailson Alves Cordeiro dos Santos, de 35 anos, acusado de matar a facadas Luciene Santana Alves dos Reis, em 10 de julho de 2009, no Residencial Mansões Paraíso, nesta capital. O julgamento vai acontecer no Fórum Cível, localizado no Parque Lozandes.
Conforme os autos, o denunciado e a vítima tiveram um relacionamento amoroso, contudo, Adailson não aceitava o fim do namoro, tendo, um dia antes do homicídio, ameaçado a ex-namorada caso ela decidisse por não reatar o namoro com ele. Segundo depoimento da irmã da vítima, Adailson era ciumento e brigava constantemente com Luciene, tendo inclusive já quebrado o celular dela em virtude da quantidade de ligações que ela recebia.
Consta do inquérito que, antes de cometer o crime, o denunciado foi a uma feria no Jardim Nova Esperança onde comprou uma faca e também luvas. E, também que era de conhecimento dele que o portão da casa da vítima ficava trancado e, por isso, o mesmo pulou o muro da residência e entrou pela porta dos fundos, sabendo que esta ficava destrancada.
Ainda de acordo com o processo, o denunciado, após entrar na casa da vítima, foi até o quarto da mulher que estava dormindo, momento em que ela acordou assustada com a presença dele, que já estava sentado em sua cama. Nesse momento, Adailson tapou a boca da vítima com uma das mãos e começou a desferir golpes de faca no abdômem e no pescoço dela.
Ao tentar simular um latrocínio, pegou um aparelho de DVD e dois celulares que, posteriormente, foram lançados numa fossa que ficava na casa da própria vítima. Para o MPGO, a materialidade do crime está estampada nos autos por meio do laudo de exame cadavérico e da morte violenta, bem como dos depoimentos das testemunhas. Destacou ainda a presença da qualificadora do recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, vez que o autor a surpreendeu-a enquanto dormia em seu quarto.