Um policial militar foi indiciado por agredir o estudante de medicina Lucas Leite, de 23 anos, em uma mercearia por ele ser gay, em Goiânia. Conforme a Polícia Civil, o PM Alessandro de Oliveira Lopes vai responder pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal e racismo – por ser homossexual. Um vídeo registrou o crime.

g1 não conseguiu localizar o policial militar que aparece nas imagens para que ele pudesse se posicionar sobre o ocorrido.

O caso aconteceu na noite do dia 9 de agosto. Um vídeo mostra quando o PM chama Lucas de “viadão”, dá um tapa em seu rosto e, em seguida, saca uma arma de fogo e aponta para o jovem (veja).

“Eu achei que ia morrer. Pedi a Deus que me desse força naquele momento. Ainda não sei como saí vivo daquela situação”, afirmou o jovem á época.

À época, a PM informou que o policial, que estava de folga quando aconteceu o fato, que ele havia sido afastado de suas funções operacionais e tinham instaurado um procedimento administrativo para apurar o caso.

g1 solicitou questionou a PM por meio de e-mail enviado às 19h na noite desta sexta-feira (24) se o policial continua afastado e aguada um retorno

Um outro vídeo registrado pela câmera de segurança do estabelecimento mostra quando o jovem parece conversar com o PM. Segundos depois, aparentando estar exaltado, o policial militar, que estava sentado, levanta e vai em direção a Lucas.

Em seguida, o militar agride o jovem com um tapa e, com uma arma em punho, vai para cima do estudante. O dono do estabelecimento ainda tenta intervir e retirar o policial de perto do jovem.

A Polícia Civil concluiu ainda que o jovem não conseguiu comprar o refrigerante no estabelecimento, por causa da confusão.

Investigação

Após a confusão, o estudante registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes de Goiânia. No documento, Lucas afirmou que a discussão começou quando o policial militar questionou o motivo de o estudante estar olhando para ele e que, além das agressões, o militar disse que o mataria.

“Quando eu passei perto dele, ele começou a debochar e rir, olhando para mim, como se tivesse algum problema comigo. Eu não arrumei confusão, não fui para cima dele, não fiz nada que justificasse tal atitude”, afirmou.

De acordo com o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da Polícia Civil (Geacri), que investigou o caso, o policial responde ao processo em liberdade.

G1