Ao ser questionado sobre pessoas que receberam doses diferentes da vacina contra a Covid-19, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que é natural que desvios aconteçam durante uma campanha de vacinação. A afirmação foi dada neste sábado (23), em visita a uma unidade de saúde em Cristalina, cidade goiana no entorno do Distrito Federal.

“Naturalmente em uma campanha dessa magnitude há pequenos desvios que precisam ser controlados pelas autoridades sanitárias do Brasil. Mas, a população brasileira pode ter certeza que as autoridades sanitárias dos três níveis estão absolutamente atentas para promover uma campanha de vacinação como nós sabemos fazer”, afirmou.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” publicada na sexta (23), foram mais de 16 mil registros de doses de fabricantes diferentes no país, sendo 4.471 vacinas trocadas só no estado de São Paulo.

No Brasil, Coronavac e Oxford/AstraZeneca são as duas únicas vacinas disponíveis contra a Covid-19. O protocolo nacional estabelece que os vacinados de grupos prioritários devem receber o imunizante disponível no posto no dia da vacinação, sem possibilidade de escolha. Na segunda dose, segundo o protocolo, o fabricante precisa ser mantido.

Ministro da Saúde e autoridades visitam unidade de saúde em Cristalina — Foto: Mairon Hothon/TV Anhanguera
Ministro da Saúde e autoridades visitam unidade de saúde em Cristalina — Foto: Mairon Hothon/TV Anhanguera

Na ocasião, o ministro falou ainda sobre as ações do governo para garantir mais vacinas para no país, afirmou que imunizar a população é prioridade e defendeu o uso de máscara e o distanciamento social como forma de evitar uma terceira onda da pandemia.

“Queremos fazer uma vacinação ampla, que atenda a maior parte da população brasileira, mas sem descuidar das outras medidas, como, por exemplo, o uso de máscara e o distanciamento. Nós vamos também fortalecer a testagem das pessoas. Tudo isso para evitarmos que, após a vacinação, nós tenhamos uma terceira onda”, disse.

As declarações foram dadas durante a visita do ministro a unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) Marajó, onde será implantado o Telessaúde, um programa de telemedicina coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com universidades públicas e especialistas, que terá o objetivo de expandir a rede de serviços de atenção primária de saúde durante a pandemia.

Posto de Saúde em Cristalina é o primeiro no país a receber programa de telemedicina nacional — Foto: Mairon Hothon/TV Anhanguera
Posto de Saúde em Cristalina é o primeiro no país a receber programa de telemedicina nacional — Foto: Mairon Hothon/TV Anhanguera