Trata-se do melhor desempenho para o mês desde 2014.
A arrecadação das receitas federais somou R$ 113,278 bilhões em maio de 2019, informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia (SRF). Houve aumento real (descontada a inflação) de 1,92%, na comparação com o mesmo mês de 2018. Esse foi o maior resultado para o mês de maio desde 2014, quando a arrecadação ultrapassou R$ 116 bi.
No acumulado do ano (de janeiro a maio), as receitas federais totalizaram uma arrecadação de R$ 637,649 bilhões, um aumento real de 1,28% em relação ao mesmo período de 2018, quando haviam sido arrecadados R$ 603,400 bilhões.
Entre os setores da economia, contribuíram para o aumento na arrecadação a venda de bens e de serviços, que cresceram 2,35% e 0,93%, respectivamente, nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a rrecadação vinculada à produção industrial acumula queda de 2,05% nos cinco primeiros meses de 2019, na comparação com o mesmo período de 2018.
Em maio, as receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) totalizaram R$ 2,535 bilhões. As receitas administradas pela SRF (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 110,753 bilhões, uma variação real de 1,84% em relação a abril do ano passado.
Destaques
Entre os fatores que contribuíram para a arrecadação federal em maio estão o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro das empresas, que cresceram, em termos reais (descontada a inflação), um total de 5,77% em relação a maio do ano passado. “Como a arrecadação do imposto de renda é bastante expressiva na participação da arrecadação total, esse valor de 5,77% ajuda a explicar um pouco esse balanço positivo de 1,84% que nós tivemos de resultado final das receitas administradas pela Receita”, explica o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias.
Segundo a Receita Federal, a arrecadação do Imposto de Renda retido na fonte sobre rendimentos de capital, devido aos resgates de aplicações em renda fixa e em fundos de renda fixa, cresceu 23,47% no mês de maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) que incide sobre importação de bens também registrou crescimento expressivo em maio, de 9,61%, na comparação com o mesmo período de 2018.
Por outro lado, o mês de maio de 2019 registrou redução, em relação ao mesmo período de 2018, do montante recolhido a título de Parcelamentos Especiais de dívidas tributárias e também dos impostos PIS/Cofins e Cide sobre óleo diesel, nesse último caso por causa da redução tributária concedida pelo governo no acordo com os caminhoneiros, após a greve da categoria no ano passado.
O resultado da arrecadação do governo é importante poque interfere no cumprimento da meta fiscal. Em 2019, o governo prevê um déficit de até R$ 139 bilhões.
Fonte: Agência Brasil