A Polícia Civil prendeu oito guardas civis municipais de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, nesta quinta-feira (23). Os mandados de prisão foram cumpridos durante a Operação Caronte, que investiga suspeita de tortura, extorsão de dinheiro e homicídio contra um homem abordado por duas equipes da corporação em outubro de 2017.
Segundo a delegada Paula Meotti, até o início desta tarde, faltava localizar três dos 11 guardas investigados, que têm mandados de prisão em aberto.
Também nesta manhã foram cumpridos mandados de busca e apreensão – um na casa de cada suspeito preso. Segundo a Polícia Civil, em um dos endereços foram apreendidas porções de drogas, em outro uma arma sem permissão e em um terceiro uma arma com numeração raspada, então também estão sendo feitos autos de prisão em flagrante desses guardas por esses crimes.
A corporação não divulgou outros detalhes das apreensões, como a quantidade e o tipo de drogas encontradas, por exemplo.
A Secretaria Municipal de Segurança Pública informou, por meio de nota, que “não foi acionada sobre a operação e que está à disposição para colaborar com as investigações”.
A advogada de um dos presos não quis divulgar o nome do cliente e disse que ele não tem envolvimento com o caso e deve ser ouvido e liberado em seguida.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Maciel Batista de Oliveira foi encontrado morto com uma marca de tiro na cabeça na Serra das Areias em 27 de outubro de 2017.
A corporação apurou ainda que, no dia anterior, duas equipes das Rondas Ostensivas Municipais (Romu) da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia abordaram a vítima e alguns amigos que tomavam banho em córrego perto do Jardim Tiradentes.
Segundo as investigações, Maciel tinha uma passagem por tráfico e se tornou alvo dos guardas. Durante a abordagem, as equipes teriam exigido da vítima R$ 10 mil e o colocaram em uma das viaturas. No entanto, ele já foi encontrado morto no dia seguinte.
G1