O comércio brasileiro viu suas vendas despencarem nas lojas físicas desde que o novo coronavírus desembarcou no país e impôs o distanciamento social, mas nem tudo está perdido – muito pelo contrário. Entre abril e junho, meses do pico da queda de circulação, nada mais nada menos do que 5,7 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez pela internet.

O varejo viu suas vendas afundarem 36% nesse período, mas o chamado ecommerce, ou seja, o comércio eletrônico, deu um choque de ânimo no segmento e evitou um tombo ainda maior. Os dados são da Neotrust/Compre&Confie, que fez ampla pesquisa sobre os hábitos de consumo durante os meses críticos da pandemia.

O estudo mostrou que, como se podia esperar, as grandes redes, que já estavam bem estabelecidas na rede, faturaram mais, mas as estratégias de vendas hospedadas – aquelas em que o pequeno varejista usa o portal de uma grande loja na internet para vencer – funcionaram muito bem, obrigado. A comparação entre os primeiros 15 dias de julho com os primeiros 15 dias de fevereiro (portanto antes da pandemia), mostram uma alta de 41,5% nas vendas pela internet.

Mais importante ainda: a Neotrust/Compre&Confie diz que esses consumidores, em sua absoluta maioria, vieram para ficar.