O Ministério da Saúde informou neste sábado (22) que a infectologista Luana Araújo não exercerá mais a função de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.
O nome da infectologista foi anunciado pelo ministro Marcelo Queiroga no último dia 12, durante lançamento da Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação contra a Covid-19.
Não houve explicações sobre o motivo da mudança. Por meio de nota, a pasta afirmou que busca outro nome com perfil técnico e baseado em evidências científicas.
“O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória”, informou.
Tratamento precoce
Reportagem publicada pelo jornal “O Globo” mostrou que a infectologista já havia se manifestado, por meio de suas redes sociais, de forma contrária ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento contra o coronavírus.
De acordo com “O Globo”, ao comentar uma publicação de apoio ao uso de hidroxicloroquina, a médica disse se tratar de “neocurandeirismo” e destacou o Brasil “na vanguarda da estupidez mundial”. Após a publicação da reportagem, ela apagou a conta na rede social.
Em evento no dia 12 de maio, em que foi anunciada para a secretaria de Enfrentamento à Covid-19, Luana afirmou que, que sua função seria “coordenar a resposta nacional à Covid-19, em diálogo permanente com todos os atores: Governo Federal, estados, municípios, agentes públicos, sociedade científica, organizações internacionais, imprensa e, acima de tudo, com a população brasileira”.
CPI da Covid
Também neste sábado, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento de convocação da infectologista Luana Araújo.
No documento, Vieira pede a oitiva da médica “para que seja possível esclarecer as razões que a levaram a pedir exoneração do cargo”. O depoimento de Luana à comissão depende da aprovação do pedido pelos membros da CPI.
G1