Bombeiros de Minas Gerais localizaram, esta madrugada, os corpos de mais três pessoas soterradas sob casas atingidas por deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade de Santa Maria de Itabira, na região central do estado, a cerca de 150 quilômetros de Belo Horizonte.

As identidades das vítimas não foram divulgadas por órgãos oficiais, mas, segundo a imprensa local, trata-se de um homem e de duas filhas dele, cujas idades também não foram confirmadas.

Os efeitos das chuvas já causaram cinco mortes na cidade. Equipes do Corpo de Bombeiros tentam localizar uma criança de cinco anos, desaparecida desde ontem (21). De acordo com o relato de parentes do garoto, ele estava em casa, com o restante da família, quando um barranco atingiu o imóvel.

As chuvas do último fim de semana também causaram danos que a prefeitura e o governo estadual ainda estão contabilizando. Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Aparecida Lage, o fornecimento de água e de energia elétrica foi afetado, pontes estão interditadas e os acessos a ao menos uma comunidade quilombola foi bloqueado.

Ainda de acordo com a secretária, com a maior escola da cidade alagada, abrigos tiveram que ser improvisados em duas igrejas e em um outro colégio. A secretaria e a Defesa Civil municipal ainda estão contabilizando o número de desabrigados e desalojados.

“Ao longo dos anos, nunca precisamos abrigar tanta gente como dessa vez. O último episódio de uma chuva tão forte ocorreu em 1979, mas em proporções bem menores”, disse Márcia à Agência Brasil. Segundo ela, a chuva parou durante a noite, permitindo que o nível do Rio Girau, que corta o município, baixasse.

Governador

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve na cidade neste domingo (21). Ele acompanhou o trabalho da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Após conversar com moradores e autoridades municipais, Zema garantiu ajuda para a cidade e assistência às pessoas diretamente afetadas.

“Já conversamos com o prefeito e daremos total apoio a ele. A Defesa Civil já está enviando material de limpeza e ajuda para aqueles que foram atingidos. E a prefeitura com certeza deve estar decretando situação de calamidade pública e isso vai permitir que o governo federal envie ajuda para que ela recupere toda a infraestrutura municipal que foi afetada, ruas, pavimentação, pontes”, disse o governador.

“Conversando com o prefeito, ele me disse que a última situação semelhante aconteceu há 42 anos. Então, realmente é algo que não é comum aqui na cidade, um volume de chuvas tão intenso em tão curto intervalo de tempo”, disse Zema.

Agência Brasil