As autoridades ucranianas e russas concordaram em estabelecer hoje (19) dez corredores humanitários para ajudar civis em zonas mais afetadas pela guerra, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana.
Iryna Vereshchuk disse que o acordo prevê um corredor humanitário na cidade portuária de Mariupol, sitiada pelas forças russas.
O acordo abrange também vários corredores na região da capital da Ucrânia, Kiev, e vários na região de Lugansk (Leste).
Em mensagem em vídeo, Iryna anunciou ainda planos para entregar ajuda humanitária na cidade portuária de Kherson (Sul), que está atualmente sob controle das forças russas.
Também em mensagem de vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou hoje as forças russas de bloquearem as maiores cidades para deteriorar as condições de vida e forçar os ucranianos a cooperar.
Zelensky disse que os russos estão impedindo que o abastecimento cheguem às cidades cercadas no centro e Sudeste da Ucrânia.
Imagens de satélite dessa sexta-feira (18), da empresa norte-americana Maxar Technologies, mostraram longa fila de carros saindo de Mariupol, durante operação para retirar civis.
Zelensky afirmou que mais de 9 mil pessoas conseguiram deixar a cidade no último dia.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 24º dia, foi desencadeada pela invasão russa do país vizinho.
O conflito provocou número de baixas civis e militares ainda não determinadas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou a morte de 816 civis até quinta-feira (17), incluindo 59 crianças, mas tem alertado que os números reais “são consideravelmente mais elevados”.
A guerra na Ucrânia também provocou mais de 3,2 milhões de refugiados, na pior crise do gênero na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.
Agência Brasil