O PL2019/192 que autoriza a prefeitura de Goiânia a contratar operação de crédito com a Caixa até o limite de R$ 780 milhões foi aprovado em segunda votação, nesta terça-feira (18), pela Câmara Municipal de Goiânia.

“Estaremos de olho, com uma lupa, para acompanhar cada uma das obras e, principalmente, as empresas contratadas para a realização delas”, ponderou a vereadora Dra. Cristina (PSDB) sobre o empréstimo de R$ 780 milhões. “Esperamos que essas obras tenham começo, meio e fim, ao contrário de obras de CMEIs, unidades de saúde e de cultura da capital. Esperamos que sejam obras e serviços públicos que atendam à população”, afirmou.

O vereador Lucas kitão (PSL) também fez questão de demonstrar sua preocupação em relação ao empréstimo. Ele lembrou que, na verdade, o valor será pago nos próximos 12 anos. “São 24 meses de carência, o que demonstra o oportunismo do prefeito Iris Rezende (MDB) em contrair um empréstimo para fazer obras eleitoreiras tendo em caixa R$ 160 milhões”, disse.

Kitão afirmou que, ao estudar o projeto a fundo, verificou que na Lei Orçamentária, LDO e Plano Plurianual não há previsão para o empréstimo no valor de R$ 780 milhões, e fez um pedido de diligência ao Tribunal de Contas do Munícipio (TCM-GO) a fim de verificar a legalidade do projeto. O pedido do vereador foi negado pela maioria de seus pares e, em seguida, foi realizada a votação do empréstimo.

Em sua fala, Andrey Azeredo afirmou que cabe aos vereadores fiscalizar a utilização dos recursos pelos secretários da gestão Iris Rezende. “Cabe a nós cumprir nosso papel constitucional de fiscalizar com responsabilidade, sem viés politico ou eleitoreiro. Temos que ter responsabilidade com Goiânia e com nosso povo”.

“Nós da oposição independente iremos fiscalizar e lançamos um desafio ao prefeito para que ele cumpra todas as obras previstas no empréstimo”, defendeu Sabrina Garcez. Em seguida, Kitão solicitou ao presidente da Câmara, Romário Policarpo, à criação da Comissão de parlamentares para acompanhar os investimentos do Paço. “Não podemos passar um cheque em branco e não acompanhar o que será feito”, encerrou o parlamentar, que foi o único vereador a votar contra a autorização ao empréstimo.

Fonte: Jornal Opção