Dados foram apresentados pelo IBGE. Estudo também traz que a falta de capacitação se torna grande barreira para quem procura.
Goiás fechou o primeiro trimestre de 2019 com 397 mil pessoas desempregadas. O número é maior do que registrado no mesmo período do ano passado, no qual 375 mil pessoas buscavam uma ocupação no mercado de trabalho. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que também destaca que 174 mil pessoas desistiram ou nunca procuraram emprego em 2019. No mesmo período do ano passado, o número era de 167 mil.
Quem faz parte dessa estatística é o estudante Igor Holanda, de 23 anos. Ele conta que busca há quatro meses uma oportunidade e que, devido a necessidade, aceita serviço até fora da área em que está prestes a se formar. “Faço jornalismo, mas já fiz entrevistas em clínicas, empresas de telemarketing, construtoras. Quando se precisa, não tem essa de escolher”, conta.
Também na pesquisa, o IBGE apontou que a falta de profissionalização vem sendo um grande empecilho para quem sonha em entrar no mercado de trabalho. Porém, em alguns casos, a atual situação financeira em que a pessoa se encontra pode não contribuir para isso.
“Como eu sou universitário, eu ainda não tenho condições para pagar um curso profissionalizante, mas sempre que eu trabalhei de carteira e tinha certo interesse na função, eu buscava me aprimorar na área de meu interesse e mostrar minha vontade de crescer profissionalmente”, conta Igor.
O professor de um curso de profissionalização na área contábil e gestor, Renato Tavares, destaca que é importante de se fazer o curso. Ele conta que no local, que também funciona um escritório de contabilidade, tem duas vagas em aberto. “Nós temos uma para auxiliar de contabilidade e um de assistência de contábil. As vagas estão com mais de 20 dias em aberto. Porém são cargos que necessitam de um mínimo de vivência na área”, afirma.
Renato conta o espaço para o curso atende pessoas que acabaram de sair da do curso superior e pessoas também que não entraram numa faculdade. “Buscamos dar uma vivência em todas as áreas que abrange a contabilidade. Algumas pessoas terminam o curso, mas não conhecem nada da área e queremos trazer isso para pessoa, pois acredito que, se a pessoa gostar, ela faz um trabalho bem feito”, aponta.
Fonte: Mais Goiás