Os fabricantes de cilindros de oxigênio vem trabalhando no limite com aumento de internações por Covid-19. Uma nova norma da Anvisa, que está em vigor desde o último sábado, 13, obriga empresas fabricantes de oxigênio medicinal a fornecer, semanalmente, informações sobre a capacidade de fabricar, armazenar e distribuir o gás.
A norma ressalta que o primeiro envio deve trazer registros dos últimos 60 dias e para as notificações seguintes será semanal. O objetivo é monitorar o abastecimento para evitar o que aconteceu em Manaus, onde houve falta do produto.
Em Goiás, três unidades o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Itumbiara e de São Luis de Montes Belos, possuem usinas próprias para a produção do gás.
Em reportagens anteriores, o Jornal Opção, já havia mostrado a preocupação diante da lotação dos leitos de UTI e do agravamento dos pacientes vítimas da Covid-19. O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou reafirma o alerta para a possibilidade de faltar cilindros de oxigênio nos hospitais.
A possibilidade de falta de oxigênio é decorrente de um aumento do consumo do gás medicinal no país inteiro. O presidente da Ahpaceg não descarta o desabastecimento do produto nos próximos meses.
Poucos minutos
Em Bela Vista de Goiás, a Secretaria Municipal de Saúde disse que até o presente momento, a quantidade de oxigênio no Hospital Municipal Antônio Batista da Silva está atendendo à demanda apresentada, recebendo semanalmente o carregamento vindo de Goiânia.
A unidade tem utilizado cerca de 18 cilindros de oxigênio por dia e na última segunda-feira, 15, o carregamento semanal de cilindros de oxigênio que estava a caminho do município ficou parado devido ao protesto que estava sendo realizado na BR-153.
Ao saber que o carregamento estava preso, servidores do hospital entraram em contato com municípios vizinhos, que emprestaram cilindros até a chegada do carregamento. Para conseguir chegar ao município, foi preciso que o motorista trafegasse na contramão para escapar do protesto. O oxigênio chegou minutos antes do fim dos cilindros que estavam sendo utilizados.
A Secretaria de Estado da Saúde informa que monitora de forma contínua a quantidade de oxigênio e, até este momento, não há indicativo de falta do insumo na rede estadual goiana. Algumas unidades, na capital e interior, contam com usinas próprias para produção do gás, além de tanques com grande capacidade para armazenamento do gás. “É importante ressaltar que as próprias empresas fornecedoras relataram que, para o Estado de Goiás, mesmo que todos os leitos estejam sendo utilizados, não há sinalização da falta do produto”, diz a nota.
Jornal Opção