Comparativo entre áreas verdes e comerciais demonstra decréscimo superior à 20% em bairros como Setor Central e Marista.

Uma pesquisa do Instituto Federal de Goiás (IFG), divulgada nesta terça-feira (18), comprova a redução de arborização da capital. Em tese de doutorado, o professor Fábio de Souza analisou fotos aéreas históricas e a partir de comparativos aponta que a retirada de árvore de calçadas e canteiros é resultado do uso comercial das áreas.

Os bairros analisados, Central e Marista, somavam, na década de 1990, mais de 6000 mil árvores em canteiros e calçadas. Em 2016, ambos as regiões registraram redução superior à 20%. De acordo com a tese, essa redução foi reflexo da mudança de perfil de apropriação das áreas, antes com maior número de residências e progressivamente tomadas por lotes comerciais.

No detalhamento, a pesquisa demonstra que na região Central, em 1961, havia 2.125 espécimes de árvores, sendo 1.604 ( 75,48%) dispostas nas calçadas e 521 (24,52%) nos canteiros. Já em 2016, a quantidade de árvores na mesma região caiu para 1.516 espécimes, com registro de 1.027 (48,33%) árvores nas calçadas e 489 (23,01%) nos canteiros. Neste mesmo local, em 1961, totalizavam 264 lotes comerciais nas vias do setor Central, aumentando para 725 lotes comerciais em 2016.

Já no setor Marista, a quantidade total de árvores encontradas foram 4.282 espécimes no ano de 1992, distribuídas em: 3.280 (76,60%) nas calçadas, 912 (21,30%) no canteiro central e 90 (0,21%) nas praças. Em 2016, a quantidade total de espécimes de árvores caiu para 3.585, sendo registradas 2.667 (62,28%) nas calçadas, 834 (19,48%) nos canteiros centrais e 84 (1,96%) nas praças.

Fonte: Jornal Opção