Foram apreendidos celulares, computadores, HDs e pendrives. Material pornográfico, segundo delegado, era compartilhado por meio de um programa para computadores.
A Polícia Federal e a Polícia Civil deflagraram, na manhã desta terça-feira (18), a Operação Guardiões da Inocência que com o objetivo de combater crimes de posse e compartilhamento de pornografia infantil na internet. Ao todo, três pessoas foram presas e uma já foi localizada e será ouvida ainda esta semana. Os mandados foram cumpridos por 40 policiais em cinco diferentes bairros da capital.
Segundo o delegado de Polícia Federal, Adriano Tarouco, existe um tipo de programa utilizado especificamente para o compartilhamento dos arquivos. “Quem detêm material pornográfico faz a troca desses arquivos por meio desta ferramenta. Encontramos durante as buscas fotos e vídeos com violência sexual contra crianças e adolescentes”.
Tarouco se limitou a descrever os criminosos como pessoas solteiras de faixa etária entre 40 e 50 anos de idade. “É difícil desconfiar de alguém que faz isso. Eles fazem tudo na surdina. São pessoas comuns, um deles, inclusive, morava com mãe e ela sequer desconfiava”, pontuou o delegado.
Já a delegada Sabrina Leles, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, explicou que as investigações tiveram início em ambas as polícias. No entanto, em dado momento foi percebido que os alvos se comunicavam. “Percebemos que nossas investigações se tocavam no sentido de que os alvos ou eram os mesmos ou a conexão poderia ser similar. Foi onde estabelecemos essa parceria para desenvolver a operação em conjunto”.
Para ela, “não importa quem irá chegar ao resultado final de identificação dos criminosos e, sim, que não fique impune esse tipo de delito que é tão repugnante à sociedade”, pontuou.
A investigação foi iniciada ainda em 2019. Os suspeitos serão inquiridos na Superintendência da Polícia Federal e o material de informática apreendido será encaminhado à perícia. Os investigados responderão pelos crimes de disponibilização e posse de arquivos com pornografia infantil, cujas penas máximas podem chegar a seis anos de reclusão e multa.
Fonte: Jornal Opção